sábado, 31 de outubro de 2009

Esforço em conjunto

Correr em grupo é excelente para motivar e pode ajudá-lo a melhorar sua performance
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Quando começou a freqüentar uma academia, um ano atrás, Renata Tacor sofria para correr 1 hora sozinha, três vezes por semana, na esteira. "Depois que comecei a treinar com uma turma da academia, logo passei a correr até 1h30 sem cansar", diz Renata, 37 anos e mãe de um menino de 4, que considera a prática em grupo fundamental para sua melhora de desempenho nos últimos 12 meses. "Mudei meu horário de correr para ir com o pessoal. É muito mais estimulante, e para as mulheres é mais seguro também. Quando comecei, só agüentava 6K, hoje faço 10K em 57 minutos. E perdi 8 quilos", diz.

O empresário Ricardo Garrido, 38, também atribui a seriedade com que se dedica à corrida ao hábito de treinar em equipe. Prestes a fazer sua terceira maratona, ele corre trechos de até 32K, de três a quatro vezes por semana, dependendo do período de preparação. "Não conseguiria treinar assim correndo sempre sozinho. O grupo transforma o momento do treino em algo mais. Você encontra amigos, pessoas que acabam fazendo parte da sua vida de corredor", diz o maratonista amador, que melhorou o tempo de 4h09 da primeira maratona em 13 minutos, na segunda vez, e busca baixar mais alguns minutos na próxima. "Um dá força para o outro, provoca, chama. Quando alguém se machuca, o pessoal liga, dá dicas de tratamento. É uma troca de afeto mesmo, que puxa você para o treinamento", afirma.

Para Mário Sérgio Andrade Silva, treinador da Run & Fun e do grupo de Garrido, a "social" do treino em equipe é um ingrediente fundamental para seus alunos atingirem os objetivos. "O pessoal continua treinando com um grupo não por causa do treinador ou do treino, mas por causa das amizades criadas ali. É uma baita motivação", diz Silva, que dá algumas dicas para tirar o melhor proveito do treino em equipe:

Escolha o time certo
É bom procurar um grupo diversificado, com homens e mulheres de diferentes idades. "Enriquece a sociabilização", diz Silva. Hora e local são itens fundamentais. "Se você tiver de atravessar a cidade, não vai acompanhar. O grupo tem de se encaixar na sua rotina." Outro fator a considerar é o ritmo da equipe. "Já colei em um grupo que eu não acompanhava. Aí é melhor voltar para a própria realidade", diz Garrido.

Troque idéias
A reunião de corredores também se transforma numa ocasião para trocar informações. "Cada um tem suas manhas, descobertas e experiências, e a gente troca tudo que sabe. De provas a médicos e técnicas", diz Garrido.

Espelhe-se nos outros
O treino em grupo fornece parâmetros. "Um vira referência para o outro", afirma Garrido.

Ache sua turma
"Quanto maior o grupo, mais níveis diferentes de condicionamento ele terá", diz Silva. Se você estiver um pouco cansado, ou se for o dia de correr mais relaxado para se recuperar, pode selecionar um pelotão mais lento. "Sempre tem alguém no ritmo ideal para acompanhar", afirma o treinador.

Saiba quando ir sozinho
Não adianta virar "maria-vai-com-as-outras". Se você tem objetivos específicos, deve mantê-los e saber a hora de se separar do grupo, caso ele não corra no ritmo que você precisa em determinado dia. "Ainda assim, você pode se encontrar com o pessoal pelo menos para o aquecimento, o que já é algo muito gratificante", diz Silva.

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