sábado, 31 de outubro de 2009

Esforço em conjunto

Correr em grupo é excelente para motivar e pode ajudá-lo a melhorar sua performance
http://runnersworld.abril.com.br/materias/treino/

Quando começou a freqüentar uma academia, um ano atrás, Renata Tacor sofria para correr 1 hora sozinha, três vezes por semana, na esteira. "Depois que comecei a treinar com uma turma da academia, logo passei a correr até 1h30 sem cansar", diz Renata, 37 anos e mãe de um menino de 4, que considera a prática em grupo fundamental para sua melhora de desempenho nos últimos 12 meses. "Mudei meu horário de correr para ir com o pessoal. É muito mais estimulante, e para as mulheres é mais seguro também. Quando comecei, só agüentava 6K, hoje faço 10K em 57 minutos. E perdi 8 quilos", diz.

O empresário Ricardo Garrido, 38, também atribui a seriedade com que se dedica à corrida ao hábito de treinar em equipe. Prestes a fazer sua terceira maratona, ele corre trechos de até 32K, de três a quatro vezes por semana, dependendo do período de preparação. "Não conseguiria treinar assim correndo sempre sozinho. O grupo transforma o momento do treino em algo mais. Você encontra amigos, pessoas que acabam fazendo parte da sua vida de corredor", diz o maratonista amador, que melhorou o tempo de 4h09 da primeira maratona em 13 minutos, na segunda vez, e busca baixar mais alguns minutos na próxima. "Um dá força para o outro, provoca, chama. Quando alguém se machuca, o pessoal liga, dá dicas de tratamento. É uma troca de afeto mesmo, que puxa você para o treinamento", afirma.

Para Mário Sérgio Andrade Silva, treinador da Run & Fun e do grupo de Garrido, a "social" do treino em equipe é um ingrediente fundamental para seus alunos atingirem os objetivos. "O pessoal continua treinando com um grupo não por causa do treinador ou do treino, mas por causa das amizades criadas ali. É uma baita motivação", diz Silva, que dá algumas dicas para tirar o melhor proveito do treino em equipe:

Escolha o time certo
É bom procurar um grupo diversificado, com homens e mulheres de diferentes idades. "Enriquece a sociabilização", diz Silva. Hora e local são itens fundamentais. "Se você tiver de atravessar a cidade, não vai acompanhar. O grupo tem de se encaixar na sua rotina." Outro fator a considerar é o ritmo da equipe. "Já colei em um grupo que eu não acompanhava. Aí é melhor voltar para a própria realidade", diz Garrido.

Troque idéias
A reunião de corredores também se transforma numa ocasião para trocar informações. "Cada um tem suas manhas, descobertas e experiências, e a gente troca tudo que sabe. De provas a médicos e técnicas", diz Garrido.

Espelhe-se nos outros
O treino em grupo fornece parâmetros. "Um vira referência para o outro", afirma Garrido.

Ache sua turma
"Quanto maior o grupo, mais níveis diferentes de condicionamento ele terá", diz Silva. Se você estiver um pouco cansado, ou se for o dia de correr mais relaxado para se recuperar, pode selecionar um pelotão mais lento. "Sempre tem alguém no ritmo ideal para acompanhar", afirma o treinador.

Saiba quando ir sozinho
Não adianta virar "maria-vai-com-as-outras". Se você tem objetivos específicos, deve mantê-los e saber a hora de se separar do grupo, caso ele não corra no ritmo que você precisa em determinado dia. "Ainda assim, você pode se encontrar com o pessoal pelo menos para o aquecimento, o que já é algo muito gratificante", diz Silva.

I CORRIDA RÚSTICA DA CANA DE AÇÚCAR


GOIANINHA-RN

06 de novembro de 2009

Largada: 16h
Distância de 5 (cinco) km
Praça Pública da Igreja Nossa Senhora dos Prazeres

Inscrições: 23/10 a 04/10/2009 - INSCRIÇÕES ONLINE www.fnatletismo.com.br

Informações
(4009-1424/9111-9331)
www.fnatletismo.com.br

ORGANIZAÇÃO:
PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIANINHA

domingo, 25 de outubro de 2009

A lenda chamada Dean Karnazes


http://runnersworld.abril.com.br/materias/karnazes/index.shtml

O ultramaratonista americano célebre por seus feitos mirabolantes é muito mais que uma potência sobre duas pernas. Acompanhei de perto essa verdadeira máquina chamada Dean Karnazes.

Por Ricardo Hirsch

A inquietação que ele demonstra revela que ali não é o seu lugar. Nem aquele nem nenhum outro que tenha quatro paredes, um teto, cadeiras, ar-condicionado. Para aliviar seu desconforto, eu pergunto se prefere ficar em pé para continuar nosso bate-papo. Rapidamente, ele já está ao lado da cadeira vazia, sorrindo. "É a primeira vez que dou uma entrevista do jeito que gosto de trabalhar." O norte-americano Dean Karnazes, 47 anos, é assim: um homem que odeia ficar sentado. Tanto que diz não usar cadeira quando precisa mexer no computador. Trabalha em pé, fazendo exercícios de fortalecimento para panturrilha (elevação na ponta dos pés) enquanto digita e-mails.

>> Veja fotos do desafio de Karnazes em São Paulo correndo 24 horas pelas ruas da cidade.

Karnazes adora conversar, é simpático, receptivo. Este é nosso segundo encontro, na loja de seu patrocinador na avenida Paulista, em São Paulo. O primeiro havia acontecido três dias antes, e nos conhecemos fazendo o que ambos mais gostamos: correndo. Karnazes visitou o Brasil em setembro. Veio para o lançamento da edição brasileira de seu segundo livro, 50 Maratonas em 50 Dias. O jeito de promover a visita e o livro foi participar de um desafio: passar 24 horas correndo em um circuito que ligava parques e pontos turísticos de São Paulo. Corri ao seu lado por alguns dos 150 km da empreitada. Assim, em duas etapas, pude conhecer melhor o estilo de vida de Karnazes, um atleta único, e entender o porquê de tantos desafios.

Vida Corrida

Você consegue se imaginar correndo por mais de 20 horas seguidas? E correr 560 km, que tal? Pois Dean Karanzes não se cansa de fazer isso e sempre termina qualquer um de seus objetivos com um sorriso no rosto. Quando tinha 15 anos de idade, entretanto, um desentendimento sobre seus treinos de corrida fez com que Karnazes deixasse de correr e experimentasse outras modalidades.

Dean Karnazes é o seu Técnico

Você não precisa ter o desempenho dele, mas use suas dicas para evoluir dentro de sua realidade de treinamento

- Ouça todos e não ouça ninguém. Faça o que for melhor para seu corpo.
"Se alongar faz bem a você e o faz sentir-se melhor, então alongue."

- Coloque sempre uma meta.
"Se for começar a correr, a primeira meta deve ser uma prova de 5 km, depois 10 km, 21 km, 42 km e 50 km em sua primeira ultramaratona."

- Acredite que você é capaz.
"Setenta por cento da sua capacidade está em sua cabeça."

- Mude os locais de treino.
"Evite sempre os mesmos lugares, varie o terreno e o visual. Isso vai estimulá-lo a continuar correndo."

- Esqueça o relógio.
"Uma vez por semana, saia correndo sem relógio, apenas com celular e dinheiro. Não se preocupe com ritmo e distância percorrida. Apenas corra."

Esse desentendimento, aliás, diz muito sobre o jeito de ser do americano. Ele conta que vinha de uma turma de cross country, que eram "corredores de raiz, meio cabeludos, barbudos, desencanados". Corriam sem cronômetro e pregavam que deveriam correr com a alma, deixando o tempo de lado. Quando acabou a temporada das provas de cross country, começariam as provas de pistas. Karnazes tentou migrar. Segundo ele, em seu primeiro treino de pista, o técnico berrava muito em sua orelha a cada volta (400 m), e isso o incomodou. Ao fim do treino, pediu ao técnico que não fizesse mais isso. O treinador perguntou o motivo. "Eu corro com o coração", foi a resposta de Karnazes. Ele conta que o técnico começou a rir o expôs ao deboche frente aos colegas ("Ele corre com o coração... Ha-ha-ha-ha"). Dean diz que pegou o tênis e a camiseta e decidiu que não correria mais.

Pelos 15 anos seguintes, ele surfou, velejou de windsurfe, pedalou de mountain bike. Em seu aniversário de 30 anos, Dean resolveu cuidar mais de sua saúde e a corrida seria a principal ferramenta. Mudou seus hábitos alimentares e o estilo de vida e passou a ser uma pessoa muito ativa. Nos fins de semana, por exemplo, saía de casa de madrugada e corria até outra cidade. Sua família o resgatava pela manhã, momento em que faziam a primeira refeição do dia juntos. Aos poucos começou a ficar famoso por suas histórias, performances e disposição a encarar de maneira bem particular desafios jamais imaginados. Encarar uma maratona já fazia parte de sua rotina semanal e era questão de tempo para algo maior surgir.

Em 2005 foi definido: o plano seria fazer o Endurance 50, que nada mais era que completar 50 maratonas em 50 dias em 50 diferentes estados dos Estados Unidos. O mais curioso é ouvir que ele se considera como nós (corredores comuns), e cita apenas que é uma pessoa muito dedicada e comprometida. "Somos 70% cabeça, 15% treino e 15% dieta... Não tenho nada de diferente ou de especial", diz ele. "É muito fácil olharem para mim e dizer que eu apenas nasci com essa aptidão, por isso consigo correr muitos quilômetros durante dias. O caminho é longo, duro, e, se você não acreditar e não se dedicar, certamente não conseguirá."

Diferentes situações seriam encaradas além das 50 maratonas. Ficar longe da esposa durante os dias de semana e abrir mão das massagens e tratamento com gelo pós-corridas longas eram apenas algumas deles (ou os que previamente eram imaginados). O desafio Endurance 50 começou em 17 de setembro de 2006, com muitas histórias, dificuldades e alegrias. Ele lembra que no dia 24 de outubro teve a melhor surpresa dos 50 dias. Seu filho, que completaria 9 anos nessa data, correu as últimas 9 milhas (aproximadamente 14,5 km) com ele. Nesse momento da entrevista um silêncio pairou no ar e percebi que aquilo realmente importava para ele, que ter as pessoas que ama por perto foi fundamental para completar o desafio.

A parte mais difícil, se é que existe apenas uma quando se trata de 50 maratonas em 50 dias, foi a queda que teve na 38ª maratona. Um corte em seu braço direito poderia acabar com todo o projeto, pois a ida ao hospital tomaria muito tempo e, depois, com menos tempo, pegar estrada seria muito arriscado. Um curativo simples foi feito após a prova, para que encarasse mais uma viagem de ônibus para outro estado... e outra maratona.

O grande final do Endurance 50 aconteceu na maratona de Nova York (naquele ano, 2006, o brasileiro Marílson Gomes dos Santos venceu a prova pela primeira vez). Eu estava lá, acompanhando minha esposa, que também correu os 42 km. Lembro-me de ver Lance Armstrong e logo em seguida Dean Karnazes passando. Para finalizar a conquista, Karnazes esqueceu todo o plano que seguiu nas 49 corridas anteriores e completou a prova em 3h00. Como se intitula normal como nós, ao acordar no dia seguinte e tomar café da manhã, estava feliz por ter completado o Endurance 50, mas com um vazio por não ter um outro objetivo/desafio.

Como quem é movido a desafios, tratou de colocar metas e retomou a corrida um dia após completar as 50 maratonas. "É importante você fazer alguma atividade após uma prova como essa. A perna estará dolorida, se não der para correr, caminhe. Isso fará com que seu corpo se recupere melhor."

Dean Karnazes transmite em seus dois livros — o outro chama-se O Ultramaratonista — que é muito importante você se manter ativo, respeitar seus limites e sempre fazer o melhor nas competições. Mas ressalta: "Se eu chegar em 15º, não me importo. A vitória não é o que me motiva. O que quero para mim é terminar e saber que fiz meu melhor. Se foi a 15ª colocação, que seja. Prefiro isso a chegar em primeiro lugar e saber que não dei tudo de mim, que poderia ter sido melhor. Isso tem que ser verdadeiro". Pode soar piegas ou conversa fiada, mas, ao entrevistá-lo e correr algumas horas ao seu lado, pude perceber o quanto é verdadeiro em seus conceitos e em seu estilo de vida.

Durante os quilômetros que percorri com o ultramaratonista pelas ruas de São Paulo, fica evidente como Karnazes é atento a todos que estão a sua volta, sempre com palavras positivas, estimulantes. Sendo que quem deveria ser motivado era ele, por estar no caminho de completar seu desafio de 150 km na capital paulista.

Contudo, nos momentos em que os corredores perguntavam algo, ele não prolongava a conversa para evitar uma elevação na frequência cardíaca ou alteração de ritmo. Também precisava ficar atento ao piso, percurso e carros que dividiam por muitas vezes a faixa conosco. "Gostaria de estar em um ritmo mais tranquilo e constante, mas é difícil controlar a ansiedade de todos que querem correr comigo. O ritmo lento, o calor, o ar seco e a poluição são sem dúvida nenhuma as maiores dificuldades enfrentadas neste desafio. E as três costelas quebradas, é claro", afirmou enquanto passávamos por Pinheiros, bairro da zona oeste da cidade, sobre o legado de uma queda em uma ultramaratona recente. Será que ele esqueceu dos quilômetros? Quando atingimos o km 100, perguntei sobre as condições de suas pernas. "Elas estão muito bem, chegarão ao fim podendo fazer um pouco mais. Quem sabe amanhã..."

Longe de ser brincadeira, ele faz com que sua cabeça trabalhe a seu favor, trabalha a mente para que esteja sempre pronta a ser surpreendida e exigida. E ponha exigida nisso. Karnazes agora está planejando seu próximo objetivo: "Este será mais longo, quero correr uma maratona em cada país do mundo em um ano". Sua pergunta agora, leitor, deve ser a mesma que fiz: "Quantos países existem?" Antes de responder, ele reforçou o sorriso: "São 195". Não sei quanto a você, mas eu com certeza acompanharei de todas as maneiras possíveis. Quem sabe até correndo de novo algumas juntos...

Dean Karnazes é o seu Técnico

Você não precisa ter o desempenho dele, mas use suas dicas para evoluir dentro de sua realidade de treinamento

- Ouça todos e não ouça ninguém. Faça o que for melhor para seu corpo.
"Se alongar faz bem a você e o faz sentir-se melhor, então alongue."

- Coloque sempre uma meta.
"Se for começar a correr, a primeira meta deve ser uma prova de 5 km, depois 10 km, 21 km, 42 km e 50 km em sua primeira ultramaratona."

- Acredite que você é capaz.
"Setenta por cento da sua capacidade está em sua cabeça."

- Mude os locais de treino.
"Evite sempre os mesmos lugares, varie o terreno e o visual. Isso vai estimulá-lo a continuar correndo."

- Esqueça o relógio.
"Uma vez por semana, saia correndo sem relógio, apenas com celular e dinheiro. Não se preocupe com ritmo e distância percorrida. Apenas corra."

terça-feira, 20 de outubro de 2009

I Corrida Noturna do SESI, com percurso de 10 e 5 quilômetros


http://www.rn.sesi.org.br/corridanoturna/index.php

O Serviço Social da Indústria realizará no dia 14 de novembro, com início às 19 horas, a I Corrida Noturna do SESI, com percurso de 10 e 5 quilômetros.

INSCRIÇÕES, VALORES E PRAZOS

a. As inscrições serão efetivadas com o pagamento da taxa, no SESICLUBE, situado a AV. Cap. Mor Gouveia, 1480, Lagoa Nova, no horário das 8:30 às 17:30h.
b. As inscrições para a categoria comunidade custarão: R$ 10,00
c. As inscrições para a categoria industriário custarão: 01Kg de alimento não perecível.
d. O cadastro para as inscrições será feito via internet, sendo disponibilizadas 800 vagas, podendo a critério da organização disponibilizar mais 200 vagas até o limite máximo de 1000 atletas, as quais só serão confirmadas mediante o pagamento, conforme item 6 letras c e d, até 72 horas após o cadastro no site.
e. Para efetuar a inscrição é obrigatória a apresentação da cópia da Carteira de Identidade e cópia da folha contrato de trabalho na Carteira de Trabalho para os industriários.
f. Os portadores de deficiências deverão anexar à ficha de inscrição a declaração médica em receituário próprio, assinada e com carimbo do CRM do médico que o enquadre em uma das deficiências disponíveis no Regulamento.
g. O período de inscrição irá de 20 de outubro a 06 de novembro de 2009, OU QUANDO O NÚMERO MÁXIMO DE INSCRITOS FOR ATINGIDO.
h. Os atletas que estejam vinculados a empresa trabalhando em outra regiões do país em caráter permanente, estão automaticamente excluídos da premiação para categoria industriários.
i. O pagamento da inscrição poderá ser feito por terceiros acompanhada de cópia da identidade do atleta e para os industriários será necessário também a cópia da folha contrato de trabalho na Carteira de Trabalho.
RETIRADA DE KIT E IDENTIFICAÇÃO


a. A entrega do Kit, conjuntamente com a cortesia da entrega do chip, será realizada no dia 13 de novembro das 8:30h as 17:30h e no dia 14 de novembro das 8h às 12h, no SESICLUBE – Av. Cap. Mor Gouveia, 1480, Lagoa Nova.
A ENTREGA SERÁ PARA TODOS OS ATLETAS INSCRITOS, EM QUALQUER UMA DAS CATEGORIAS DISPONÍVEIS NO REGULAMENTO DA PROVA SEM EXCEÇÃO.
b. Não serão entregues kits no horário da prova, nem após a mesma.
c. Para retirar o Kit do Atleta, é necessário apresentar:
- Recibo de pagamento da inscrição original.
d. O Chip deverá ser devolvido à organização após a corrida obrigatoriamente.

sábado, 17 de outubro de 2009

Meia Maratona de Natal


Foto : Canindé Soares

Mais de 700 inscrições foram realizadas para a I Meia Maratona de Natal, que será realizada no próximo dia 22 de novembro, com percurso que inclui largada no Campus Universitário e continuação pela Avenida Engenheiro Roberto Freire/Via Costeira e chegada na Ponte de Todos/Forte dos Reis Magos.

O número de inscrições feitas até agora representa cerca de 15% da quantidade máxima pretendida pelos organizadores do evento, que são 5 mil inscritos.

A I Meia Maratona de Natal terá dois percursos. O mais longo, de 21 quilômetros, se destina a atletas de nível nacional e corredores profissionais que costumam participar de provas esportivas em vários estados e competirão pelos melhores prêmios e reconhecimento esportivo. O segundo percurso terá apenas 5km, o Fast Runner, e será programado para transformar o evento numa grande festa, com participação de famílias inteiras e atletas amadores que costumam correr apenas por lazer. Para a Fast Runner são aceitas inscrições de atletas com 16 anos em diante.

As inscrições estão sendo feitas através do site: www.meiamaratonadenatal.com.br. A organização da maratona é da empresa Unika Eventos, com apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, através da Emprotur e Secretaria de Esportes; Prefeitura do Natal e Confederação Brasileira de Atletismo.

Data da corrida: 22 de novembro de 2009
Inscrições: até 12 de novembro de 2009 pelo site www.meiamaratonadenatal.com.br
Limite de atletas participantes: 5000 atletas.

Informações:
info@meiamaratonadenatal.com.br
Karlley Pondofe – (organizador do evento) – (84) 9424-0303
Washington Rodrigues – (assessor de imprensa) – (84) 9904-8396

Maratona na Selva


http://www.junglemarathon.com/indexbr.php

Bem vindos à Maratona na Selva 2009!
Depois do grande sucesso da prova , nós temos o prazer de dar as boas-vindas à esse edição da maratona na selva. Concorrentes de todos os lugares do globo irão batalhar para vencer os caminhos e trilhas da floresta amazônica , cobrindo um percurso de 100km ou de 200 Km divididos em 4 ou em 6 estágios durante 4 ou 7 dias.

Cada corredor terá que carregar seus próprios alimentos e equipamentos durante todo o percurso da maratona, no entanto garrafas de água mineral serão fornecidas pelos organizadores do evento. No fim de cada estágio, os corredores compartilharão de acampamentos pré-erigidos no estilo amazônico, com direito a rede no estilo militar.

Este ano nós contamos com um novo curso e uma equipe excelente de profissionais hábeis e capazes que nos ajudarão a fazer essa maratona acontecer. Sua segurança é nosso interesse principal, e por isso nós contratamos uma equipe nova de operadores de campo experientes que nos oferecerão os padrões mais elevados de integridade e profissionalismo.

Junte- se a nós de 8 a 17 de outubro de 2009 e faça parte desta grande aventura que vai ser a maratona na selva 2009.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ao ar livre ou na esteira


http://veja.abril.com.br/071009/ar-livre-esteira-p-176.shtml
Anna Paula Buchalla abuchalla@abril.com.br
Foto : Tim Tadder/Corbis/Latinstock

Pode ser em parques, praças, ruas, academias de ginástica ou até
dentro de casa. Não existe uma estimativa confiável do total de
brasileiros que aderiram aos treinos de corrida, mas é possível ter uma
ideia de sua popularização por meio do número de grupos organizados
que praticam essa atividade física nas grandes cidades do país.

Em 1998, eram 1 000. Hoje, são 100 000. Os motivos que levam uma pessoa a suar a camisa dessa maneira são variados. Há os que querem perder peso (por questão de saúde cardíaca ou estética), os que desejam cultivar músculos e ainda aqueles que almejam chegar ao máximo de seu condicionamento físico pelo simples prazer de superar os próprios limites. De fato, correr com frequência reduz a gordura corporal, melhora o tônus muscular e aumenta a capacidade cardiovascular e pulmonar. Mas será que tanto faz correr na esteira ou na rua? Os ganhos são os mesmos? VEJA ouviu médicos e preparadores físicos sobre as vantagens de uma e de outra prática quanto a seis aspectos. "Não existe uma resposta única. A escolha depende do que o corredor procura", diz Marcos Paulo Reis, autor do livro Programa de Caminhada e Corrida (da Editora Abril, a mesma que publica esta revista), um treino de dezesseis semanas para entrar em forma.

1. Para trabalhar maior quantidade de músculos

Onde é melhor: ao ar livre
Por quê: há mais trabalho muscular. Embora todos os músculos das pernas sejam exercitados durante o movimento da corrida, alguns são solicitados com maior intensidade ao ar livre. Entre eles estão os das regiões anterior e posterior das coxas e os glúteos. O corredor de rua fica, ainda, mais inclinado para a frente, o que é bom para desenvolver os músculos das panturrilhas e os flexores dos quadris
Comentário: não saia por aí em desabalada carreira, sem a supervisão de um treinador. Uma das consequências mais desagradáveis de um treino mal orientado é a fadiga muscular - cujo sintoma mais evidente é aquela dor insuportável no dia seguinte ao treino

2. Para perder mais peso

Onde é melhor: ao ar livre
Por quê: as pequenas variações climáticas, a resistência do vento e as subidas, descidas e curvas do percurso proporcionam maior queima de gordura. "O gasto calórico de uma corrida ao ar livre é, em média, 15% maior que o de uma sessão na esteira", afirma Marcos Paulo Reis
Comentário: para os menos disciplinados, ruas e parques são bem mais divertidos. O treino é mais dinâmico, existe a possibilidade de correr em grupo e a mudança de paisagens, quando há árvores e mar, estimula a que se corra mais

3. Para um melhor rendimento global

Onde é melhor: esteira combinada com corrida ao ar livre
Por quê: a esteira é boa para treinos de velocidade constante e para proteger as articulações, enquanto a corrida ao ar livre solicita mais os músculos. O ideal é treinar uma vez por semana fora da academia e outras duas na esteira
Comentário: cuidado para não bancar o Ironman (ou Woman). Não enfrente condições climáticas adversas, como vento forte, baixa umidade relativa do ar, sol forte, chuva e frio, além de terrenos demasiadamente irregulares

4. Para minimizar o impacto nas articulações

Onde é melhor: na esteira
Por quê: as articulações de tornozelos e joelhos e a coluna sofrem maior esforço e desgaste nas corridas em ruas. Consequentemente, aumenta também o risco de lesões de sobrecarga, como fraturas e tendinites. As esteiras mais modernas contam com um sistema de amortecimento que absorve o peso do corpo - reduzindo, assim, em até 30% o impacto das passadas no solo e seus malefícios
Comentário: durante a corrida, o impacto sobre as articulações é de até quatro vezes o peso do corpo. Por isso, é essencial que o atleta use tênis adequados ao seu tipo de pisada. Corridas com maior impacto do que as feitas em esteira não são de todo más. Elas ajudam na absorção do cálcio pelos ossos, uma forma de prevenir a osteoporose

5. Para um condicionamento cardíaco melhor

Onde é melhor: na esteira
Por quê: o baixo impacto e os medidores de velocidade e batimentos cardíacos da esteira ajudam a dosar o trabalho cardiovascular. O corredor pode alternar velocidades e inclinações mais facilmente, sem sair da zona de treinamento predeterminada. "O mais seguro é se exercitar sem inclinação", adverte o cardiologista Ricardo Costa, do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro. "Na ladeira, o corpo busca outras fontes de energia, desencadeando reações físico-químicas que sobrecarregam o coração"
Comentário: como é mais fácil correr na esteira, é fundamental observar os limites de frequência cardíaca estabelecidos para a idade e não ultrapassar a velocidade em que eles se mantêm. Para não perder o controle dos batimentos cardíacos, é preciso correr - sempre - com um frequencímetro ou utilizar o medidor da esteira

6. Para evitar a poluição

Onde é melhor: na esteira
Por quê: em ambientes isolados adequadamente do exterior, caso de academias com sistema de ar condicionado de boa qualidade e manutenção periódica, o esportista se expõe a uma quantidade menor de gases tóxicos e partículas finas. Ao ar livre, os principais poluentes são o monóxido de carbono, mais abundante no inverno, e o ozônio, cuja presença na atmosfera aumenta na primavera e no verão. Em grande concentração, o ozônio pode provocar irritação nos olhos e nas vias respiratórias. Já inspirar muito monóxido de carbono, para além dos efeitos extremamente deletérios nos pulmões, resulta em menor rendimento na corrida
Comentário: "Nesta época do ano, para quem corre ao ar livre, é bom evitar as atividades físicas entre 12 e 17 horas, período de maior concentração de ozônio", recomenda Carlos Komatsu, da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb)


Os tipos de terreno na corrida ao ar livre

Pista de atletismo - As camadas de borracha proporcionam um ótimo amortecimento e a regularidade do terreno o torna mais seguro. Mas atenção: pistas sem manutenção, gastas e ralas, podem prejudicar seriamente as articulações

Areia batida ou terra - O terreno irregular pode aumentar o risco de torções. Em compensação, exige mais esforço e, portanto, proporciona mais perda calórica. Deixa coxas, panturrilhas e glúteos mais firmes

Areia fofa - Os passos, aqui, são menos velozes e o movimento exige mais força muscular. Correr na areia fofa pode queimar uma vez e meia mais calorias do que percorrer a mesma distância em uma pista asfaltada. Pode forçar demais os quadris

Grama - Reduz o ritmo da corrida, mas, ao exigir mais força, queima mais calorias e melhora a resistência cardiorrespiratória. É um piso bom para se aquecer e se desaquecer antes de treinos no asfalto

Asfalto - Favorece a velocidade durante a corrida. No entanto, é a superfície que oferece mais risco de lesões. Não é aconselhável para quem está acima do peso, pois tende a exigir demais dos joelhos e da coluna

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

LIÇÕES DOS QUILÔMETROS

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0110200905.htm

Ele devora quilômetros como se fossem chocolate ao leite, suporta a dor e o cansaço como temperos picantes no molho de tomate do macarrão. É Valmir Nunes, o maior ultramaratonista brasileiro, bicampeão mundial de corridas de cem quilômetros e recordista das Américas em provas de 24 horas -durante um dia inteiro rodando em uma pista de 400 m em Taiwan, ele correu 273,8 km. Nunes acaba de lançar o livro "Segredos de um Ultramaratonista" (ed. Hemus), em que conta suas experiências nessas corridas ultralongas. E diz quase em segredo para o leitor: "A gente está sempre aprendendo".

O que é ser corredor - Rodolfo Lucena

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0110200905.htm

Dias desses, num encontro casual, acabei me tornando audiência de um debate sobre o universo dos corredores brasileiros.

"Quantos somos?", perguntava o analista de forma retórica. E respondia, contabilizando qualquer um que tivesse participado de qualquer corrida, em qualquer distância, nos últimos 12 meses. Chegava à conclusão de que há meros 600 mil corredores no Brasil. Era uma resposta a contabilidades mais entusiasmadas, que estimam em 6 milhões o número de praticantes no país.

Cá com meus quilômetros, não sei exatamente qual é a importância desses cálculos, a não ser para quem queira lançar um produto, prospectar mercado. Mas é fato que o tema suscita polêmica em publicações e fóruns de corredores.

No terreno internético, já li definições que excluem de nosso universo quem corra de bermudão e camiseta de time de futebol... No caso dos maratonistas, há quem considera como meros diletantes os que cumprem o percurso em mais de quatro horas ou caminham partes do trecho.

Pois o tema também me intriga. Para fazer meu cálculo, no entanto, preciso definir o que é ser corredor. Ou, bisbilhotando mais fundo, o que é correr.

"Deslocar-se, numa sequência de impulsos, repousando o corpo ora sobre uma, ora sobre outra perna, e num andamento em geral mais veloz que a marcha", responde o "Aurélio". A definição não me basta, pois esquece tudo o que envolve e precede o ato: a decisão, o combate à preguiça, a mudança que provoca em nossas vidas.
Correr, já disse aqui, não é só corrida. Uma das grandes atletas que conheço nunca percorreu os 42.195 metros.

Mas é recordista mundial de presença em maratonas: do alto de seus mais de 70 anos e duas cirurgias de coração, já esteve em mais de 330 provas, torcendo pelo marido, um entomologista aposentado que, hoje com 80 anos, espera chegar a 2012 com 500 maratonas no currículo.

Correr, para mim, já virou metáfora da vida. De nossos esforços, quedas e conquistas. De dores e sofrimentos silenciosos, das alegrias explosivas, do êxtase apaixonado. Donde se conclui que somos todos atletas, todos corredores. E somos bilhões.

RODOLFO LUCENA , 52, é editor de Informática da Folha, ultramaratonista e autor de "Maratonando, Desafios e Descobertas nos Cinco Continentes" (ed. Record)