sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sedentarismo é epidemia, dizem especialistas

Médicos e profissionais do esporte defendem a criação de mais espaços para a prática orientada de atividades físicas
Por Bruno Folli
http://delas.ig.com.br/bemestar/sedentarismo+e+epidemia+dizem+especialistas/n1237743901249.html

Pelo menos 60% da população brasileira pratica exercícios em quantidade insuficiente, estima Maria Eugênia Bresolin Pinto, especialista em saúde pública da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Dados recentes do Ministério da Saúde mostram que o número de sedentários está aumentando. Ele passou de 13,2% da população em 2003, para 16,4% em 2009, provavelmente pelo aumento da presença das mulheres no mercado de trabalho.

“O sedentarismo é uma epidemia mundial e está associada a diversas doenças graves, como infarto, câncer, depressão, hipertensão e diabetes”, afirma Maria Eugênia.

Isso causa um prejuízo alto aos cofres públicos, de acordo com apresentação da especialista no 22º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e Esporte, em Curitiba (PR). O evento aconteceu na última semana, entre os dias 5 e 7.

“O sedentário europeu gera um gasto médio de 13 mil euros por ano, enquanto apenas 800 euros são destinados ao incentivo de exercícios”, compara a médica. No Canadá, o sedentarismo provoca 21 mil mortes precoces por ano. Mas e o Brasil, onde se encontra neste ranking?

“Não há como saber ainda porque faltam pesquisas nessa área”, diz a especialista. Mesmo assim, ela sugere que o incentivo à atividade física por ser feito com estratégias simples e baratas.

Uma experiência de três meses acompanhada pela especialista revela que os médicos do Programa Saúde da Família (PSF) podem aumentar a adesão aos exercícios. “Se cada médico dedicar cerca de dois minutos para falar sobre a importância da atividade física, metade dos pacientes muda de atitude e passa a praticar mais”, afirma.

Relação viciada
O problema, afirma Bruno Noronha, especialista em medicina do esporte, é a perpetuação da relação "viciada" entre pacientes e médicos. “O paciente vai buscar novas receitas de remédios com o médico, que simplesmente os prescreve sem verificar se realmente há necessidade de usá-los”, afirma.

Noronha realizou um trabalho recente na Amazônia, onde visitou mais de 100 municípios para acompanhar o trabalho dos médicos do SUS. “Ninguém recomenda exercícios, há uma cultura de valorização dos medicamentos. Vi inúmeros pacientes que diziam ter diagnóstico de hipertensão, mas poderiam resolver o problema com um pouco mais de atividade física”, afirma.

O médico explica que é preciso criatividade para motivar os pacientes. “Criava brincadeiras para explicar o que é uma alimentação saudável e para que servem os exercícios”, recorda.

Além do primeiro contato, é preciso acompanhar o paciente para mantê-lo incentivado à prática esportiva.
“Ligamos para o paciente a cada três meses”, afirma o reumatologista Páblius Staderto, especialista em medicina do esporte do Hospital Nove de Julho.

Staderto realiza um trabalho de incentivo ao exercício em empresas e explica que o acompanhamento é como nos trabalhos de combate ao tabagismo. “Um simples contato, por mais breve que seja, já tem uma importância enorme ao paciente. Faz com que ele se sinta incentivado, com a presença de alguém por perto”, afirma o médico.

Além da mudança de postura dos médicos e profissionais de saúde, que precisam passar a prescrever mais exercícios, Maria Eugênia destaca a importância de investimentos em centros comunitários. “O médico precisa ter um espaço para encaminhar o paciente, onde ele possa realizar exercícios supervisionados”, afirma.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Roupa esportiva promete reduzir fadiga

Por RODRIGO GERHARDT

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq2408201005.htm

Cada vez mais justa, moda esportiva feita com tecidos que comprimem os músculos promete reduzir a fadiga e acelerar a recuperação pós-treino

As roupas de compressão voltam à cena. Depois de seduzir atletas com a controversa promessa de aumentar o rendimento no esporte, elas caíram novamente no gosto de esportistas profissionais e amadores.

Peças em tecidos elásticos, que ficam praticamente coladas ao corpo, ressurgem associadas a outros benefícios: o de reduzir a fadiga depois da atividade física e o de acelerar a recuperação da musculatura nos momentos de descanso.

O mercado tem meias, polainas, leggings, bermudas, camisetas, tops e macacões em tecidos especiais.

Agora é moda, mas o princípio é antigo. São roupas desenvolvidas a partir do conceito daquelas meias de compressão medicinais para varizes, que atuam sobre o sistema circulatório periférico, aumentando o retorno do sangue venoso e promovendo uma maior oxigenação celular nos músculos.

A influência das roupas compressivas no desempenho esportivo começou a ser estudada em bermudas, e entre os jogadores de vôlei, basquete e futebol. Logo depois vieram polainas, leggings e macacões para atletas de endurance, como triatletas, ciclistas e corredores. Agora, já estão circulando nas academias.

Após uma sessão de exercício intenso, sempre vem aquele desconforto que os especialistas chamam de dor muscular tardia, porque se manifesta de 24 a 48 horas depois da atividade.

Esse desconforto é um sintoma dos microtraumas causados nas fibras musculares que foram trabalhadas no exercício físico.

Pois o que essas vestimentas fazem é colocar ainda mais pressão sobre o corpo enquanto ele se movimenta, com a promessa de aliviar a dor muscular que virá depois e apressar a recuperação.

"Noventa por cento dos ciclistas do Tour de France já adotam essas roupas. No triatlo, o uso também é cada vez mais frequente", diz o triatleta Ricardo Hirsch, também diretor técnico da assessoria esportiva Personal Life.

O próprio Hirsch tem uma meia compressiva, importada: "Suo para colocar, mas depois passo o dia inteiro com ela sob a calça e nem percebo. Sinto uma melhora na fadiga", afirma.

MAIS SUSTENTAÇÃO
Um estudo que avaliou esse efeito foi feito pelo Cemafe (Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte), ligado à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a pedido da Santaconstancia - empresa brasileira de desenvolvimento de tecnologia têxtil, que está investindo nesse filão.

"Durante a atividade física, a compressão dá maior sustentação à musculatura, o que reduz a sua vibração, preservando mais as fibras dos microtraumas", explica o fisiologista do esporte Turíbio Leite de Barros, que coordenou o estudo.

Para conseguir esse efeito, a recomendação é, depois de uma hora de intervalo do exercício, o uso contínuo da peça de roupa por seis a oito horas por dia.

"A compressão ajuda a conter um tipo de edema que se forma na musculatura em função do processo inflamatório, diminuindo assim o desconforto pela maior circulação sanguínea na região. A compressão reduz o diâmetro das veias superficiais, aumentando o fluxo", afirma o fisiologista.

Para chegar a essa conclusão descrita por Turíbio Barros, o estudo monitorou, em cinco ciclistas vestindo bermudas compressivas, a concentração de creatina-quinase (CK) - enzima decorrente do processo inflamatório, que funciona como um marcador da fadiga muscular.

Os ciclistas foram levados à exaustão em 30 minutos.

Nos testes de sangue realizados 24 horas, 48 horas e 72 horas depois da atividade, verificou-se uma redução de 26% na concentração de CK.

APENAS PERCEPÇÃO
Alguns desses novos produtos apregoam uma capacidade de prevenir ou diminuir as cãibras, mas isso é mais que improvável: não é verdade. "As cãibras têm origem metabólica, muitas vezes são causadas pela desidratação", afirma o fisiologista.

A compressão parece ser mais eficaz em atividades de longa duração. "Corri 24 km com o macacão e, no dia seguinte, não tinha dor na panturrilha", testemunha o triatleta Marcelo Butenas.

Sua assessoria esportiva, voltada para a praticantes amadores que buscam alta performace, é patrocinada pela marca Speedo, que fornece aos 300 alunos os macacões de compressão.

"Da experiência desses usuários, coletamos as informações para o desenvolvimento e o aperfeiçoamento das roupas", informa o diretor da marca, Renato Hacker.

Apesar da constatação de alguns benefícios da compressão e do aumento do mercado dessas roupas, os parâmetros para seu uso ainda são pouco claros.

Não há, por exemplo, um padrão entre as marcas ou a definição sobre qual o nível mais adequado de pressão para cada caso ou região do corpo. A escolha e o uso das roupas supostamente terapêuticas ainda são baseados na percepção de quem as veste. Pura subjetividade.

Uma dificuldade é a variação nas medidas corporais de cada pessoa, como a circunferência da perna, por exemplo. Quem tem uma coxa mais grossa sofrerá uma compressão maior.

"Uma tendência para breve da indústria de vestuário esportivo é uma oferta mais ampla de tamanhos e formatos, para se aproximar mais da realidade de cada usuário", afirma o consultor e engenheiro têxtil da Santaconstancia José Favilla.

SÓ PRESSÃO
Nos tecidos, a medida de pressão é feita em milímetros de mercúrio (mmHg). "Até 20 mmHg, a compressão é considerada terapêutica e não precisa ser informada nos produtos, diferentemente do caso das meias medicinais, que chegam a 40 mm Hg", informa Favilla.

As peças esportivas fabricadas no Brasil são de baixa compressão: situam-se na faixa que varia de 6 mmHg a 15 mmHg.

"Não há interesse em produzir roupas mais fortes por uma questão estética. Os moldes são menores, elas marcam muito no corpo, fica feio. Em função disso, não há restrição ou risco de segurança no uso dessas roupas para os consumidores", afirma o engenheiro têxtil.

Muitos esportistas brasileiros, no entanto, trazem do exterior peças com nível de compressão bem mais alto -isso quando não usam as próprias meias medicinais.

No mercado, também já há uma oferta maior de roupas de compressão importadas, como as da marca americana CX-W, que têm nível de compressão de 20 mmHg.

A nutricionista Luciana Bruno, 37, trouxe um par de meias compressivas dos EUA, depois de ver uma amiga usando. Comprou para experimentar nos seus treinos longos, mas diz que nem sabe o nível da pressão.

"A meia não mudou em nada o meu rendimento, mas sinto menos dor, ficou mais gostoso treinar", afirma.

O doutor em cirurgia vascular pela USP Guilherme Yasbek diz que uma pressão acima de 30 mmHg só é indicada para quem tem problemas circulatórios. "O excesso de pressão tem o efeito de um garrote e pode causar prejuízos para a recuperação, ao invés de benefícios", diz.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Correr em grupo: sete motivos para começar já

Por Fernando Menezes

Não é novidade que a corrida é um eficiente meio de deixar o corpo saudável. Além de favorecer a queima de gorduras, uma corrida leve que dure 40 minutos protege as articulações de lesões, tonifica músculos e deixa o coração mais forte. Os benefícios da corrida ainda podem ser multiplicados se ela for praticada em grupo.

De acordo com uma pesquisa da Universidade de Oxford , no Reino Unido, doses maiores de endorfina, o hormônio que dá a sensação de bem-estar, são liberadas pelo nosso corpo quando malhamos ou corremos em conjunto com outras pessoas. "Quando fazemos atividades em grupo, temos um sentimento de carinho, cuidado, afeto e amizade. Esses sentimentos criam uma relação de proteção, capaz de fazer a pessoa relaxar e curtir o momento mais do que se ela fizesse isso sozinha", explica a psicóloga clínica Rita Romaro.

Além disso, a atividade é especialmente divertida quando é praticada em grupo porque, ao contrário da maioria dos esportes, ela não tem número máximo de participantes e é feita ao ar livre. "Para fazer parte de um grupo de corrida, só é preciso ter vontade de correr", diz o preparador físico Edson Ramalho, mestrando em ortopedia na Universidade de Campinas.

1. É mais fácil começar
Muitas pessoas querem ter hábitos mais saudáveis só que não conseguem sair de uma rotina sedentária sozinhas. Por isso, o incentivo de alguém é importante na hora de irem para a pista. "Isso é algo muito comum nos grupos de corrida que acompanho. A maioria dos integrantes começou com uma experiência incentivada por amigos", diz Edson. Normalmente, as pessoas são convidadas para correr um dia e acabam se divertindo tanto com os integrantes do grupo que têm vontade de voltar no dia seguinte para estreitar relações.

2.Fica difícil desistir
Fazer parte de um grupo protege o corredor de ficar desanimado. "Os elogios que normalmente são ditos durante uma atividade em grupo servem de estímulo para continuar e melhoram a autoestima", explica Rita Romaro. Por isso, quando um corredor está infeliz com os resultados do treino, os outros integrantes o ajudam a não desistir e a continuar tentando a alcançar o seu objetivo.

Além da força que os amigos dão, o empenho e os resultados dos outros corredores servem de exemplo para aqueles que estão desmotivados. "É normal que o desempenho de uma pessoa se sobressaia. O restante do grupo, quando vê o que essa pessoa consegue fazer, fica incentivado a alcançar os mesmos resultados que ela", diz Edson

3.Leva bronca se faltar
O treino se torna mais eficiente quando os corredores estão comprometidos a atingir as metas estipuladas pelo preparador físico. Uma das características mais fortes de um grupo de corrida é que as pessoas levam os treinos mais a sério do que aquelas que correm sozinhas. Quando marcam um dia da semana para correr, raramente elas faltam, ou a bronca vem em coro. "As pessoas ficam tão disciplinadas como atletas de alto nível, e deixam de dar desculpas para faltar aos treinos", afirma o preparador físico.

4.A vitória fica mais divertida
Conseguir alcançar uma meta estipulada traz um sentimento de superação. Esse efeito é ainda maior quando um bom resultado é alcançado em grupo. "As pessoas olham para traz e percebem todo o esforço que fizeram juntos para conseguir alcançar o objetivo. Além disso, quando a meta é batida, sempre há uma comemoração, uma festa, o que não acontece quando você treina sozinho", diz Edson Ramalho.

5.Pode unir a família
A corrida em grupo pode ser um meio de estreitar as relações familiares. "Hoje em dia é muito comum que pais e filhos não tenham muito tempo para ficar juntos, e é difícil encontrar uma atividade que possa ser feita por todas as idades e agradar todos os gostos. Por isso, muitas famílias formam pequenos grupos de corrida para fazer uma atividade conjunta", conta o preparador físico.

6.Aumenta o círculo social
Mesmo que você não tenha conhecidos que gostem de correr, fazer parte de um grupo de corrida pode melhorar o seu convívio social. "Apesar de a corrida ser um esporte que precisa de disciplina, ela é muito acessível e não precisa de muito tempo nem dinheiro para ser praticada. Por isso, é fácil ver pessoas que se conhecem em um grupo de corrida se tornarem amigas, mesmo só tendo em comum o gosto por esse esporte", diz Edson.

7.Melhora o desempenho profissional
As relações criadas em ambientes profissionais normalmente são mais superficiais devido às conversas desse círculo ficarem restritas a problemas de trabalho. "As pessoas que conhecemos no trabalho parecem outras quando as vemos fazendo atividades mais leves e divertidas", diz a psicóloga Rita Romaro.

De acordo com Edson Ramalho, cada vez mais as empresas estimulam os funcionários a correr em grupo. Esta medida simples melhora a comunicação no escritório, aumenta a intimidade e faz com que cada um dos profissionais tenha um melhor rendimento no trabalho, já que os seus funcionários ficam saudáveis e com mais disposição

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Hora de correr

Boa noite!

O objetivo é apresentar um novo projeto que estou desenvolvendo, é o www.horadecorrer.com. Um portal totalmente voltado para esportes como Corrida de Rua, Maratonas, Corrida de Aventura, Ciclismo, Triathlon, entre outros.

Sua principal finalidade é realização de coberturas fotográfica e de vídeo, captando os melhores momentos dos atletas em provas outdoor e disponibilizando o material para compra via web, pelo próprio atleta. Além de dicas e notícias relacionadas ao esporte, feitas por especialistas.

O horadecorrer.com também é um espaço para anunciantes e lá você vai encontrar os melhores locais de treino, os melhores especialistas, suplementos, materiais esportivos...

O lançamento do portal está previsto para 01 de Setembro e nossa primeira cobertura fotográfica será na II Meia Maratona de Natal (http://tribunadonorte.com.br/maratona), dia 12/09/10.

Você já pode acessar o www.horadecorrer.com e se cadastrar para receber nossa newsletter. Siga-nos no twitter: www.twitter.com/horadecorrer.

Esporte, saúde e Qualidade de Vida... nunca é demais!

Obrigado,
Nivaldo Pereira
contato@horadecorrer.com
(84) 9186-8260
www.twitter.com/NivaldoPSilva

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Exercícios reduzem o uso de remédios

Por GABRIELA CUPANI

Idosas que se exercitam de maneira regular consomem, em média, 34% menos remédios do que as sedentárias.

O dado, de uma nova pesquisa da Unifesp, reforça um conceito que vem somando evidências: o de que exercícios podem atuar como medicamentos, tanto prevenindo algumas doenças quanto ajudando no tratamento de outras. E, como os remédios, precisam de prescrição.

O assunto também foi um dos destaques do 22º Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte, que aconteceu em Curitiba, na semana passada.

O estudo feito pela Unifesp, em parceria com o Celafiscs (Centro de Estudos e Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul), acompanhou 271 mulheres com mais de 60 anos, muitas delas com doenças crônicas como diabetes e hipertensão.

Foram consideradas ativas aquelas que praticavam mais de 150 minutos de atividade física por semana. As consideradas sedentárias não faziam mais de dez minutos de esforço.

"O estudo mostra que a atividade física pode estar fazendo um pouco o papel dos remédios", diz o educador físico Leonardo José da Silva, um dos autores da pesquisa. Pesquisas mostram que um idoso com doenças crônicas consome entre quatro e cinco remédios por dia.

"O sedentário tem cinco vezes mais chance de ter hipertensão arterial, por exemplo", diz José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

"Sabe-se que pessoas fisicamente ativas têm menos risco de doenças do coração como insuficiência cardíaca, além de diabetes e doenças respiratórias", completa.

Estudos mostram que, quando a pessoa já tem uma doença crônica, os exercícios podem atuar no controle, diminuindo a progressão da doença e o uso de remédios.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Caminhar, trotar ou correr? Qual é mais saudável?

http://www2.uol.com.br/vyaestelar/caminhar_correr_trotar.htm
por Simone Sarti

Caminhar, correr ou trotar são três atividades aeróbias, repletas de benefícios e fáceis de serem realizadas.Vamos falar um pouco de cada uma delas e você poderá decidir qual escolher ou escolher as três num programa intervalado, cuidadosamente elaborado por um profissional de acordo com sua condição física.

Caminhada
A caminhada é o mais simples e natural dos exercícios, todos já sabem como fazer. Porém, caminhar como passeio é diferente de caminhar como exercício. Mesmo sendo de fácil execução e fácil de se controlar a intensidade, antes de iniciar, é necessário um exame cardiológico e uma avaliação postural, como forma de prevenção para que o indivíduo não desenvolva lesões que são características das práticas esportivas.

Algumas pessoas podem sentir dores na coluna (principalmente na região lombar) após uma simples caminhada, provavelmente por uma hiperlordose (curva acentuada da região lombar ). Na avaliação, esses desvios e outros problemas em joelhos, tipos de pisada, desequilíbrios musculares, etc, são detectados e o profissional lhe dará dicas de como aliviar os desconfortos, ou exercícios e alongamento específicos que vão complementar seu programa. Isso vale para qualquer atividade que se queira iniciar.

Para caminhar e obter benefícios, é preciso que o exercício seja ininterrupto. Comece com 10 a 15 minutos e vá aumentando gradativamente até chegar a 45 minutos ou 1 hora, no máximo .É fundamental monitorar a frequência cardíaca.

Além de ser o melhor exercício aeróbio para quem está iniciando, é também o mais indicado para gestantes e pessoas que estão acima do peso ou obesas, pois aqui o impacto nas articulações é muito pequeno.

O ritmo vai ser ajustado de acordo com o condicionamento do praticante, mas em média pode-se fazer 1 km em 15 minutos.

Trote
No geral, o trote é uma passagem para quem já está acostumado a caminhar e quer aumentar a intensidade do exercício ou ainda começar a correr. A passada no trote não é tão larga, são passadas mais curtinhas e o ritmo pouco mais acelerado, aumentando um pouco o impacto no solo e consequentemente nas articulações. A elevação de joelhos e tornozelos ainda é bem baixa. Os benefícios cardiológicos e musculares são os mesmos, porém como é um pouco mais intenso outras fibras musculares são solicitadas e portanto aumenta o gasto calórico em comparação com a caminhada.

O trote pode ser então uma solução para quem já caminha longas distâncias, mas ainda não consegue correr.

Corrida
Para passar à corrida, aumenta-se a velocidade ou o ritmo, que deve continuar sendo determinado e controlado pela frequência cardíaca. A principal diferença é que a corrida possui uma fase aérea, ou seja, um momento em que os dois pés, não tocam o solo e o contato deles com o solo, também é mais rápido. Essa mecânica de movimento torna a corrida a atividade de maior gasto calórico (600 a 800 kcal/hora, considerando um indivíduo de 70 kg ).

A desvantagem em relação às outras atividades é que o impacto sobre as estruturas articulares na corrida é aproximadamente o dobro do peso corporal.

Então, principalmente na corrida, porém valendo para as três atividades, não podemos esquecer que não estamos apenas trabalhando o sistema aeróbio, mas também exigindo esforço de várias outras estruturas do nosso corpo, como tendões, ligamentos, ossos, etc... Daí a importância de uma preparação específica para o treinamento escolhido, visando melhorar previamente a tonicidade, força muscular, níveis de coordenação motora, equilíbrio e flexibilidade, porque cada estrutura do nosso corpo (cartilagens, ossos, músculos) tem um tempo específico para se adaptar ao esforço.

Os benefícios são iguais para as três atividades, porém com prazos diferentes, sendo a mais intensa, de resultados mais rápidos.

Esses prazos são muito diferentes de pessoa para pessoa, pois eles dependem da idade, grau de condicionamento físico em que o indivíduo se encontra, de um histórico de atividade física, do empenho de cada um durante as sessões de treinamento, da genética e outros fatores. No mínimo, os resultados são conseguidos em alguns meses. Digamos uns 4 meses, pelo menos. A partir do momento que a pessoa começa a se exercitar, ela fisiologicamente já começa a ter adaptações no organismo e portanto já começa a ter benefícios.

Alguns dos benefícios são a melhora e o fortalecimento do sistema cardiorrespiratório, aumento da densidade mineral óssea, melhora na qualidade do sono, na postura e na aparência física, aumenta a disposição no dia a dia, fortalece a musculatura, principalmente de membros inferiores, alivia o estresse e a ansiedade, é comprovadamente eficaz contra a depressão e ainda queima os quilos extras, pois no exercício aeróbio o organismo utiliza a gordura como principal combustível.

domingo, 8 de agosto de 2010

Dica de blog

Noon Runner
http://noonrunner.wordpress.com

OAB / RN XV Carreira JurídicaRN

Data: 21/08/2010
Largada: 08:00h
Distância: 5km
Percurso: Anel do Campus / UFRN
 Inscrição: http://www.natalcrono.com/?pg=noticia&id=71

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Parar não é desistir

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0308201010.htm
Aprende-se mais com aquelas provas que não acabaram da maneira que você desejava

A MARATONA do Rio é a mais linda do Brasil. O mar que bate nas rochas, as praias cheias de curvas e as montanhas que a tudo observam fazem do percurso uma aventura de visões e sensações, ajudando os corredores a completar o exaustivo percurso.

Mesmo assim, nem todos conseguem. Batidos por dores, pelo cansaço ou pelo desânimo, mais de 1.000 dos anunciados 4.000 inscritos na maratona carioca abandonaram a prova antes do seu final. Pararam, largaram, saíram, foram embora.

Pois fizeram muito bem.

Talvez ainda agora estejam sofrendo com a decisão, perguntando se o que fizeram foi certo mesmo. Afinal, quando alguém decide se preparar para uma maratona, investe ali o melhor de si: tempo, dedicação, suor. Forja, ao longo de quilômetros solitários, a coragem de começar e a resistência para seguir, a vontade férrea para vencer dúvidas e dores.

Nem sempre é o suficiente.

Às vezes, os 42.195 metros são mais fortes que nós. Na primeira vez que parei em uma maratona, fiquei perdido, perguntando o que tinha feito de errado. Fiquei envergonhado, decepcionado comigo e furioso com a vida.

Chorei um pouco, até, mas uma semana depois estava correndo em outro canto do mundo, subindo morros e festejando novas conquistas. Às vezes, parar é a melhor forma de prosseguir.

"O negativo, quando se abandona uma prova, é o fato de você perder para você mesmo. Em compensação, você vai menos desgastado para outra prova e pode até ir bem melhor", ensina Valmir Nunes, o maior ultramaratonista brasileiro, recordista pan-americano de provas de 24 horas.

Com ele concorda o melhor maratonista do país, Marílson Gomes dos Santos, bicampeão de Nova York: "Normalmente aprende-se mais com as provas que não ocorreram como você gostaria do que com aquelas em que dá tudo certo".

Desobedecer os sinais do corpo pode ter consequências definitivas. "Você pode passar do limite, e o coração não vai aguentar o exercício", diz Rogério Teixeira da Silva, doutor em ortopedia e medicina esportiva.

O melhor mesmo é a gente aprender que nem tudo é como queremos o tempo todo. E seguir em frente, com uma certeza: na corrida, como na vida, parar não é desistir.
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RODOLFO LUCENA , 53, é editor do caderno Tec e do blog +Corrida (maiscorrida.folha.com.br), ultramaratonista e autor de "Maratonando, Desafios e Descobertas nos Cinco Continentes" (Record)