quarta-feira, 28 de abril de 2010

X Corrida da Infantaria e XIV MINIMARATONA SESC - PB


A corrida será realizada no domingo dia 23 de maio de 2010, às 08h.
Largada e chegada no Busto do Almirante Tamandaré, na Praia do Cabo Branco.
Percurso de 5 e 10 km.
A Central de Informações estará disponível para informações a partir do dia 05 de abril de 2010 no telefone (083)3241-7120 do 15º BI Mtz, das 10:00 às 16:00h.
http://www.sescpb.com.br/maratona/index.html

8.ª Meia Maratona de Fortaleza


Estive esta semana em Fortaleza-CE para participar da 8.ª Meia Maratona de Fortaleza. O objetivo não era melhorar o tempo na meia, mas passar o final de semana na cidade e realizar o meu longão dentro da Meia visando a Maratona.

A entrega do kit estava bem desorganizada, as pessoas se aglomeravam para recebê-lo e não tinha nenhuma ordem aparente. Não entregaram o chip, este só foi disponibilizado horas antes do início da prova. Só se salvava do kit a camisa do evento.

A corrida estava marcada para começar às 7 da manhã, mas devido ao grande número de corredores que ainda estavam na fila para pegar o chip, ocorreu um atraso de 15 minutos.

O local de largada era muito estreito e as pessoas se espremiam nos metros iniciais. Deveriam ter realizado largadas em horários distintos para os 21 km, 10 km e 5 km.

A corrida possuía algumas ladeiras nos primeiros três quilômetros, mas sem muita dificuldade. O percurso dos próximos 11 km era plano. Os quilômetros restantes passavam pelo centro da cidade até desaguar perto do local da chegada, com uma subida final.

O principal problema da corrida foi o sol intenso. Apesar de vários postos de água ao longo do percurso, nada conseguia aplacar a ferocidade dos mais de trinta graus de temperatura.

Outro grande defeito da prova foi a não existência de medalhas e frutas ao final. Os participantes da corrida de 5 km e da 10 km receberam normalmente, mas os dos 21 km, após todo esforço no sol quente, não receberam nada ao final, só água. Apesar da inscrição no valor de R$ 30,00, a organização não ofereceu a estrutura necessária aos corredores. Deixar faltar medalha e frutas ao final da corrida, não tem explicação.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Para alguns, pesar menos não significa correr mais

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/newyorktimes/ny2604201019.htm
Por GINA KOLATA
Como saber quando perder peso passa a afetar o desempenho

Em seu novo livro, "Racing Weight: How to Get Lean for Peak Performance" ("O peso da corrida: como ficar magro para um desempenho máximo"), o nutricionista esportivo Matt Fitzgerald relata a sua experiência numa esteira especial antigravidade, a AlterG, que usa uma bolsa de ar para erguer o corpo, permitindo que, na prática, você reduza o seu peso enquanto corre.

Ele começou sem a assistência da máquina e, depois, correu ajustando-a para ficar 10% mais leve. "A sensação foi de que eu havia ficado 10% mais em forma", escreve. Correr no ritmo habitual de repente se tornara algo "absolutamente sem esforço", "como uma corrida normal, só que muito melhor".

Fisiologistas do exercício concordam que, se o seu esporte é particularmente afetado pela gravidade -corrida, pedalar morro acima-, você é penalizado pelo excesso de peso. Mas qual é o peso ideal para o seu esporte? E que diferença fará se você alcançá-lo?

Beth Parker, diretora de pesquisas em fisiologia do exercício no Hospital Hartford, de Connecticut, disse que, para os corredores, a regra geral é de que uma redução de 1% no peso leva a uma melhora de 1% no desempenho. Então por que não ser o mais magro possível? O problema é que todo o mundo tem um ponto a partir do qual uma maior perda de peso leva a um pior desempenho, disse Mark Tarnopolsky, fisiologista e pesquisador de metabolismo muscular da Universidade McMaster (Canadá). Quando era estudante, ele viu o delicado equilíbrio entre perder peso suficiente ou demais. Ele e seus amigos faziam experiências, perdendo ou ganhando peso e então testando seus VO2 máximos, um indicador da capacidade do organismo de levar oxigênio para os músculos durante o exercício.

Teoricamente, quanto menos você pesa, maior será o seu VO2 máximo com relação à massa corporal.

Tarnopolsky disse que obteve seu melhor VO2 máximo -86 ml de oxigênio por quilo de massa corporal- quando pesava pouco menos de 70 kg. "Como qualquer um, eu disse: 'Talvez se eu perder alguma gordura corporal ele suba'", contou. Ele, então, reduziu seu peso para 69 kg. Para sua surpresa, o VO2 máximo diminui para 82.

A provável razão, segundo ele, foi ter atingido um ponto em que seu organismo começou a queimar proteína muscular para se abastecer. Ele ficou mais fraco, e seu desempenho piorou, embora tivesse perdido peso.
Muitas vezes, o único jeito de saber seu peso ideal é por tentativa e erro.
Meu técnico de corrida, Tom Fleming, ex-corredor de elite, afirmou que sempre diz aos seus atletas que "o peso perfeito é o peso com o qual você está no dia em que faz sua melhor marca pessoal". Segundo ele, "seu corpo lhe dirá" quando chegar ao peso ideal, e, então, "você vai se sentir rápido, vai correr rápido".

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Maratona - Massa de pizza

Por Sérgio Xavier Filho
BlogCorreria
http://runnersworld.abril.com.br/blogs/correria/massa-pizza-232133_p.shtml

Por essas coincidências da vida, cruzei essa semana com 5 bons corredores. Alguns excelentes, muito rápidos, com tempos expressivos em 10 km ou meia maratona. Só que virgens ou estreantes em maratonas. Uma amiga rápida e raçuda fez a última Maratona da Disney em janeiro. Era sua primeira, acabou em 3h58 decepcionada. Acabei me lembrando na hora da história do Eduardo Elias. Nem vamos misturar as estações, já que o Edu correu gravando para a ESPN, não conta. Já a minha amiga tinha estofo para uma prova perto de 3h30. Planejou de forma conservadora a corrida, para ficar entre 3h50 e 3h55, e não conseguiu. O sub 4 horas foi um bom consolo. Ontem conheci uma garota de 45 minutos nos 10 km. Em qualquer tabelinha de conversão estaríamos falando de maratona perto de 3h30 também. Ela quer fazer sua primeira maratona, não sabe se consegue, não sabe o que estimar.

Aí parei para pensar na maluquice que é pessoas que correm com força ficarem inseguras com a distância maior. É nessas horas que fica realmente claro como a maratona é especial. Quem sai de 5 km para 10 km pode fazer um longão de 8 km e ter a quase certeza que o ritmo proposto não resultará em quebra. Quem já faz os 10 km, encara um longão de 18 km e corre para o abraço na meia. Treinou bem, levou. Meritocracia. Maratona não é bem assim, aí estão o Rodrigo Fonseca e o Gerrit tentando achar o número mágico do ritmo. Os dois correm com a faca no tênis, sempre com o PR como cenoura, e não sabem direito o que fazer em sua primeira maratona.

A insegurança se explica. Não há como saber ao certo. Maratona é a única das distâncias mais tradicionais que oferece a imprevisibilidade como ônus. Por melhor que seja a simulação do longão, a maratona perfeita precisará se apoiar na experiência de uma maratona anterior. Por tudo isso, o conservadorismo em uma primeira me parece sempre a medida mais inteligente. Já que a primeira maratona dificilmente será corrida no ritmo perfeito, melhor ter uma prova lenta como parâmetro do que ter uma maratona com quebra no currículo. E nem estou falando da decepção com a quebra em si. Estou olhando para a frente. A corrida com quebra é inutilizada como experiência para a próxima. As passagens, as sensações, as dores que vem e vão, tudo isso vai para o lixo quando terminamos uma prova caminhando ou se arrastando. Quebrar numa maratona é como o saltador que pisa na tábua e queima a tentativa. É zero.

Talvez a maratona tenha algo da massa de Pizza. Imagine o percurso da prova como uma mesa salpicada de farinha. O pizzaiolo tem a frente uma bola de massa que se trasformará em disco com a ajuda de um rolo. O lógico seria esticar a massa em uma passada de rodo só. Mas isso não é possível. A massa tem elasticidade, são necessárias várias esticadas para que o disco não rache. Talvez sejamos como uma pizza. Precisamos correr em um tempo maior na primeira maratona para ganhar aos poucos a forma de maratonista de verdade. Ou tentar dar o máximo na primeira e correr o risco de quebrar como uma massa de pizza.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Para atingir sua meta, diminua a marcha nos treinos diários, semanais e mensais

Por Michelle Hamilton
http://runnersworld.abril.com.br/materias/marchalenta/index.shtml

É da natureza dos corredores estabelecer metas. Baixar 3 minutos no seu recorde pessoal dos 10 km, ter mais um dia de treino na planilha, concluir a primeira maratona. No afã de ir atrás do sucesso, é fácil pensar que mais é melhor. Mas sempre que você opta por aumentar exageradamente a intensidade dos tiros ou alongar os treinos de recuperação, está colocando em risco seu planejamento.

Por que esses "pequenos excessos" parecem ter tanta importância? Porque o efeito cumulativo desse exagero na intensidade, na distância ou na velocidade do corredor aumenta a probabilidade de sofrer com o cansaço, a exaustão física e emocional e as lesões. “É bom pensar: em que patamar de condicionamento eu quero estar no próximo ano?”, diz o treinador norte-americano Greg McMillan. “Esse conceito o ajudará você a treinar de forma mais segura”. Em vez de se concentrar na satisfação imediata de subir rampas correndo, tome decisões com relação ao seu treino que compreendam da próxima sessão até os 12 meses seguintes. E com um objetivo maior em mente: permanecer saudável e com energia de sobra para treinos mais produtivos. A longo prazo, seu treinamento terá mais consistência, que é a chave para concretizar qualquer objetivo de corrida, ambicioso ou não. Comece agora mesmo usando as seguintes estratégias de treino.

No próximo treino - Vá mais devagar

Sim, aqueles exercícios intensos, como tempo run mais fortes, são bons para treinar o corpo para manter altas velocidades nas provas. Mas não significa que você deva forçar o ritmo até atingir o máximo de sua capacidade. É possível treinar o seu corpo para usar oxigênio de forma mais eficiente, processando melhor o ácido láctico (de uma forma que você possa correr cada vez mais rápido), se você fizer o tempo run num ritmo, por exemplo, de 5min30 ou 5min40 por quilômetro, em vez de forçar o ritmo a 5minutos o quilômetro, que você sabe que é seu limite. Por quê? Porque um ritmo relativamente mais lento significa que você vai trabalhar seus sistemas láticos (é possível até correr uma distância maior, com esse ritmo), mas irá sentir menos fadiga. E uma recuperação mais rápida permite mais treinos de qualidade, de acordo com o treinador Greg McMillan. Aqueles que não se cansarem tanto podem acrescentar um treino extra de qualidade no planejamento – mesmo dois tirinhos de 30 segundos ao final de um treino. Para aqueles que tem uma carga mais intensa de treinos de qualidade, é bom guardar mais energia para concluir esses treinos no ritmo planejado. É irônico, mas um ritmo mais lento pode acabar sendo mais compensador. "Você completa a corrida sentido-se forte, em vez de acabado”, diz Tony Coffey, treinador chefe do Impala Racing Team [equipe de corrida] em São Francisco, Califórnia. “E você vai completar o próximo treino com a mesma força. Quanto mais corridas bem-sucedidas você fizer em sequência, mais terá".

Na próxima semana - Reduza a quilometragem

"Uma planilha de treinamento considera que você estará 100% o tempo todo", diz McMillan. "É impossível". Trabalho, família, stress, alimentação e sono: tudo isso afeta a forma como você se sente em uma corrida. Quer você siga um planejamento diário, quer treine especificamente para uma prova, sempre que se sentir estressado, reduza o volume semanal de treino em 10%. Assim, você terá espaço um respiro sem comprometer o treinamento. Se estiver correndo 25 a 35 quilômetros por semana, corte 2 a 4 quilômetros naquelas semanas especialmente tensas, segundo McMillan. Diminua a distância de uma única corrida, ou então distribua essa redução ao longo dos treinos da semana.

No próximo mês - Planeje uma semana tranquila

Seja qual for seu nível de condicionamento, um corredor precisa equilibrar a semana entre as corridas lentas e fáceis e aquelas que são mais rápidas e exigentes. Faça o mesmo com cada mês – equilibre-o entre semanas mais fáceis e outras mais difíceis. "Isso faz com que o corpo absorva o esforço das semanas anteriores, além de descansar", diz o técnico Tony Coffey. Durante uma semana por mês, seus atletas reduzem o volume total em 20 a 25% em todos os treinos. Nessa semana mais leve, não quer dizer que você não possa trabalhar treinos mais intenso. Simplesmente faça menos vezes. Por exemplo, realize um fartlek (ritmos variados) em vez de dois, ou três quilômetros em ritmo moderado, em vez de cinco.

No próximo ano - Procure uma meta ambiciosa

Estabeleça no calendário para o próximo ano uma meta significativa, como a sua primeira maratona, sua primeira meia ou um recorde pessoal. Dessa forma, você terá tempo para progredir com segurança e construir o condicionamento físico necessário. Além do mais, diz McMillan, você evitará o erro clássico de se esforçar além da conta e cedo demais. Mesmo que seu sistema cardiovascular esteja preparado para um salto na velocidade e na distância, seus músculos, tendões, ossos e ligamentos precisam de tempo para se fortalecerem e adaptarem-se — do contrário, o risco de lesões é real. Novos corredores e aqueles que estão retornando após um período de ausência de seis meses ou mais devem programar-se para uma maratona ou meta de tempo para daqui a 12 meses. Os veteranos podem se planejar, com segurança, para 9 meses.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Maratona : 11.ª e 12.ª semanas de treino

a) 10 km - Não pude realizar.
b) Tiro - Não pude realizar.
c) 8 km - Não pude realizar.
d) Fartlek
e) 12 km
f) Longo - 16 km
Quilometragem da 11.ª semana - 36 km

a) 10 km - Não pude realizar.
b) Tiro - Não pude realizar.
c) 10 km - Não pude realizar.
d) Fartlek
e) 10 km - Não pude realizar.
f) Longo - 22 km
Quilometragem da 12.ª semana - 30 km

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Corrida do Comerciário - SESC


Dia 1 de maio
Inscrições : SESC Potilândia até 22/04 (2 kg de alimento)
Local : Campus da UFRN - 6 km

segunda-feira, 12 de abril de 2010

XXXVI EDIÇÃO DA CORRIDA DE RUA "TIRADENTES"


Data: 21 de abril de 2010

Local da largada: Praia shopping
Local da chegada: Quartel da PM

Percurso: 12,10 Kms
Concentração: 06h40min
Largada: 07h30min

Inscrições abertas a partir do dia 05 a 17 de abril de 2010.
Inscrição On-line
http://www.pmde.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/sesed_de/imprensa/enviados/noticia_detalhe.asp?nCodigoNoticia=19207
Valor da inscrição: 01 lata de leite

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cuidado com o peso e a forma - CONTARDO CALLIGARIS

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0804201024.htm

Cuidado com o peso e a forma

CONTARDO CALLIGARIS

NA SEMANA passada, celebrando o Pessach ou a Páscoa, muitos jantaram ou almoçaram em família. Aposto que, em algum momento, diante da fartura e das guloseimas que estavam na mesa, a conversa tratou dos planos e dos esforços de cada um para manter a linha, emagrecer ou aumentar de peso (músculos, não gordura, é claro), em suma, para conseguir dar ao corpo uma forma "satisfatória".
Para essa conversa acontecer, não foi preciso que houvesse magros ou obesos ao redor da mesa. A inquietação com o peso e a forma não é efeito do estado de nosso corpo. Ela se tornou onipresente nas últimas duas ou três décadas: sua difusão coincide com o aumento dos transtornos alimentares (supostas epidemias de bulimia e anorexia), mas é, de fato, uma espécie de transtorno alimentar em si, um transtorno alimentar da conversa e do pensamento.
É citada por toda parte (sem mais precisões) uma pesquisa segundo a qual 81% das crianças (norte-americanas) de 10 anos estariam com medo de ser gordas, e 50% das meninas dessa idade declarariam estar fazendo um regime. Agradeceria aos leitores que me ajudassem a encontrar o texto original dessa pesquisa, que, segundo algumas fontes, seria do começo dos anos 90. De qualquer forma, mesmo que a dita pesquisa seja uma lenda, sua popularidade confirma um fenômeno que todos verificamos a cada dia: hoje, a forma e o peso preocupam até as crianças.
Nesta altura, seriam esperadas acusações contra nossos hábitos alimentares, contra a vida sedentária e contra os ideais impossíveis promovidos pela cultura de massa e pela indústria do regime e da forma física. Em suma, estaríamos todos pensando no peso por culpa da preguiça, do McDonald's, da Barbie e do G.I. Joe, bonecos que parecem ter sido inventados para que, desde a infância, ninguém se contente com o corpo que tem.
É com essa expectativa que li o número de fevereiro de "Counseling Today" (revista da American Counseling Association), consagrado a transtornos alimentares e imagem do corpo. Expectativa frustrada, felizmente: num longo artigo sobre a obsessão com o peso, é entrevistada uma terapeuta, Anna Viviani, que oferece uma explicação específica por nosso interesse pelo peso e pela forma com ou sem transtornos alimentares propriamente ditos.
Resumindo, ela entende assim: quando alguém sente que tudo na sua vida está fora de controle, ele sente também que os alimentos, o peso, o exercício são coisas que, em princípio, ele poderia controlar.
Tanto faz, aliás, que alguém consiga seguir um regime à risca, emagrecer ou aumentar de peso e fazer ginástica regularmente. O que importa é que as consultas, as propostas, as leituras e as conversas intermináveis sobre dieta e exercício têm um valor em si: elas mantêm viva a promessa de um controle -que é difícil, mas que é, em tese, possível.
À diferença do que acontece, em geral, com nossa vida amorosa e profissional, acreditamos (com uma certa razão) que nosso peso e nossa forma dependem de nós.
Nesse campo, podemos não fazer o necessário, mas sempre se trata de um não fazer "ainda": um dia, faremos e, quando fizermos o necessário, controlaremos nosso peso e nossa forma.
É tentador propor uma equação: quanto menos estamos em controle de nossa vida (amorosa, profissional, social e mesmo moral), tanto mais nos preocupamos com peso e forma, que, bem ou mal, podem ser controlados.
Numa direção parecida, na mesma matéria, outra terapeuta, Erica Ritzu, resume assim a fala de um paciente com transtornos alimentares: "Se você não me escuta e não deixa nunca que minha opinião conte, posso ao menos escolher não comer nada".
De repente, a greve de fome dos presos políticos pode ser um modelo para entender o que acontece nos transtornos alimentares e em nossa preocupação com peso e forma.
Certo, na greve de fome, os presos põem a vida em risco para promover uma causa (a sua própria ou outra). Mas eles também exercem, heroicamente, o que lhes sobra de liberdade; eles não são escutados, estão encarcerados, não podem nada, mas há algo que eles controlam: sua própria ingestão de alimentos. É o que sugere Anna Viviani, ao interpretar nossa obsessão com regime e exercício: quem não controla nada, pode, como último recurso, controlar sua alimentação, seu peso e sua forma.
Bom, só resta admitir que não controlamos nada, como os presos.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ensina-me a subir... E a descer também!

Por Sérgio Xavier Filho

http://runnersworld.abril.com.br/materias/subidas/index.shtml

São 12 lições básicas para correr melhor e não se machucar em pirambeiras de terra e asfalto.

1. O problema
A subida cansa. A descida machuca. Musculação nas pernas é fundamental para ambas. Com treino específico, é possível render mais e evitar lesões.

2. Dica universal
Passada curta e corpo inclinado para a frente na subida. Na descida, alargue a passada e "flutue". O impacto na descida é maior quando se trava o movimento. Segurar a descida em nome da segurança: sim. Travar: não. O ideal é tentar descer sem "chapar" o pé no solo, tocar levemente o calcanhar no chão e aproveitar a parte da frente do tênis como uma mola.

3. Treine
Sofrer menos é questão de treino. Inclua uma ou duas sessões de subidas na planilha da semana (abaixo, quatro sugestões de Virginio). O corpo acostumará com o esforço e, no dia da prova, a piramba virará rampinha.

4. Economia
Na subida, evite jogar o pé para trás. É energia jogada fora. Quem consegue usar o primeiro terço do pé para subir aproveita melhor a impulsão.

5. Olha o braço
Os corredores só se lembram das pernas, mas os braços são fundamentais para a corrida eficiente. Na subida, como um pêndulo, eles devem acompanhar o movimento e passar na altura da cintura. Na descida, servem mais para manter o equilíbrio e acertar o centro de gravidade do corpo.

6. Como um cavalo
Muitos seguram a respiração na subida. Erro crasso. O corpo precisa de mais oxigênio. Para se lembrar disso, respire forte, como um cavalo.

7. Balão de ar
No fim de uma subida, nosso instinto é reduzir para retomar o fôlego. Não é necessário. A própria entrada no plano já dará a sensação de um terceiro pulmão. Não reduza o ritmo, que você receberá em segundos um balão de oxigênio. E retome as passadas na amplitude normal. Não é necessário mais passinho curto, muitos se distraem e seguem no plano como se estivessem subindo.

8. Pense
Sempre, antes de começar a subida ou descida, defina a estratégia. Se estiver no início de prova, dose a força na subida. Se for para descer forte, execute o que pensou. Tentar travar no meio do caminho pode render um belo tombo.

9. Viva a sujeira
Numa descida em trilha, a tendência natural é escolher o "lado limpo" da trilha. É justamente o mais escorregadio. Escolha a parte suja, com galhos, pedras, grama.

10. Sem derrapar
O tênis é como um pneu. Em uma descida, a virada brusca costuma terminar em acidente. Quando o tênis fica de lado, a escorregada é a lógica.

Se você não tem uma ladeira perto de casa onde possa treinar, use a inclinação da esteira da academia

sábado, 3 de abril de 2010

Meia Maratona de Fortaleza


www.meiamaratonadefortaleza.com.br
Dia 25 de abril
5 km, 10km e 21 km.

Maratona : 10.ª semana de treino

a) 8 km - Não realizado.
b) Tiro - Não realizado.
c) 10 km - Não realizado.
d) Fartlek.
e) 12 km - Não realizado.
f) 18 km.

Quilometragem semanal : 26 km

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Pensar não engorda

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0104201006.htm

Fiquei chocado e indignado quando, ao chegar para meu treino na Cidade Universitária, vi a propaganda a gritar: "Não pense. Corra". O slogan da Nike, exposto nos relógios que indicam horário e temperatura, era até ofensivo à academia, templo da inteligência, da busca do conhecimento.
A propaganda propõe o oposto do que busco na corrida -um momento em que a mente possa descansar e voar, embalada pelo suor e pelas passadas.
Nos treinos, resolvo em pensamentos casos do trabalho, defino títulos, rascunho mensagens, imagino contos, medito sobre as dificuldades e as alegrias da vida e do amor ou simplesmente deixo a mente, os sentidos todos alertas e abertos para ouvir, cheirar, ver, compartilhar com o mundo o que o mundo quiser me dar.
Recomendar que o corredor não pense cheira a heresia: vai contra a natureza do próprio movimento, que exige raciocínio para existir.
A psicóloga do esporte Sâmia Hallage explica: "Existem comportamentos que estão condicionados, que fazemos automaticamente.
Mas, para que se tornassem automáticos, tivemos que pensar em algum momento.
Os movimentos da corrida podem estar automatizados, mas pensamos -e muito- quando corremos".
A coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC-SP, professora Lucia Santaella, ensina: "Só a morte nos levaria a parar de pensar. O pensamento, não necessariamente verbal, nos acompanha. Até mesmo o sonho é um tipo de pensamento".
Para o competidor, é essencial estar "focado", diz o especialista em treinamento Rodrigo Ferraz: "Quem está com o pensamento direcionado apenas para o que está fazendo leva vantagem sobre os que estão dispersos".
Não é de estranhar, então, que a campanha da Nike tenha suscitado críticas. A empresa pensou e resolveu modificar a propaganda do seu novo tênis de corrida -os cartazes colocados nos relógios da USP no início de março foram trocados no último fim de semana.
"O que se buscou com essa campanha foi valorizar um atributo do produto", diz o gerente de marketing da categoria running, Christiano Coelho. Mas não deu muito certo, admite: "Concordamos que pode haver um entendimento dúbio por quem não é desse universo da corrida. A gente está trocando para poder ter uma mensagem mais neutra, que evite qualquer mal-estar".
E tem outra: pensar não engorda, como me garante a nutricionista Patrícia Oliveira: "Também não emagrece, mas ajuda a refletir e acalmar. Ficamos menos ansiosos e, consequentemente, comemos menos".
Por isso, pense e corra. Ou corra. E pense.



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RODOLFO LUCENA , 53, é editor de Informática da Folha, ultramaratonista e autor de "Maratonando: Desafios e Descobertas nos Cinco Continentes" (ed. Record) e de "+Corrida" (Publifolha)