quinta-feira, 29 de julho de 2010

Índice de recuperação para corredores

http://runnersworld.abril.com.br/noticias/indice-recuperacao-corredores-252643_p.shtml 

Para ter um melhor rendimento no treinamento é necessário trabalhar a potência aeróbica, qualidade que vai nos permitir utilizar durante a corrida uma porcentagem alta de nosso consumo máximo de oxigênio. Para que seja mais fácil entender, é necessário render o máximo nas séries de velocidade. Isso não significa apenas treinar mais forte e sim correr nos ritmos adequados, com recuperação de 35 a 90 segundos. Os intervalos entre as repetições são a chave de uma preparação e nos dão mais informações do que podemos imaginar.

Tanto é assim que com o número de pulsações (batimentos cardíacos) contadas após o esforço você poderá saber como anda sua forma real e se está treinando bem ou mal. O Índice de Recuperação abaixo pode ser de grande utilidade para treinar melhor e aprender a escutar o próprio corpo. “É um parâmetro para facilitar a análise da situação da capacidade física do indivíduo, além de quantificar perdas (no caso de ter que ficar um tempo sem treinar, por exemplo, ou de ganhos em função do treinamento) quer dizer, um termômetro fidedigno”, aponta a personal trainer e fisiologista do exercício, Bianca Vilela.

Trata-se de uma tabela de referência e não significa que deve ser cumprida ao pé da letra pois há corredores de elite ou muito bem preparados que têm uma freqüência cardíaca máxima baixa e consequentemente um menor índice de recuperação.

De acordo com Biacan, é importante salientar que através do treinamento aeróbio, a capacidade cardíaca e vascular amplia-se e com este termômetro sabe-se qual nível foi atingido. “Os treinamentos devem ser periodizados conforme o calendário esportivo (provas mais decisivas). Temos o período de base (antes da competição, alto volume de treinamento e pouca intensidade), período competitivo (durante a fase de competição, menor volume de treinamento e forte intensidade) e período de transição (após fase competitiva, volume e intensidades moderadas e atividades diferenciadas, exemplo: um corredor poderá nadar, jogar basquete, etc).” Devido a isto, sabe-se que não basta apenas correr forte, deve-se programar a agenda de treinos para conseguir benefícios de performance.

Como usar
Por exemplo, se ao acabar um treino de série ou uma repetição com a frequência cardíaca em 192 pulsações e depois de um minuto o índice cair para 128 pulsações, significa que você está em plena forma. Mas ao contrário, se depois da série sua frequência estiver em 184 pulsações e só baixar para 155, quer dizer que você não está tão bem treinado assim e pode ter realizado uma série muito forte. “No exercício físico, quanto mais rápida a frequência cardíaca reduzir após as séries, significa que o indivíduo está mais treinado”, diz a especialista.

Para usar a tabela considere o Índice de Recuperação, use a sua frequência cardíaca em um treino ou série de velocidade (tiros ou séries) e meça novamente a frequência após uma recuperação de um minuto.

Tabela de referência
São as pulsações obtidas após um minuto de recuperação (trote suave) depois de cada repetição
10 pulsações: índice de recuperação 1
20 pulsações: índice de recuperação 2
30 pulsações: índice de recuperação 3
40 pulsações: índice de recuperação 4
50 pulsações: índice de recuperação 5
60 pulsações: índice de recuperação 6
70 pulsações: índice de recuperação 7

Os índices 6 e 7 correspondem a atletas de elite em plena forma. Se estiver na faixa 4 e 5 você é um corredor de sub-elite ou um corredor amador em muito boa forma. O número 4 indica corredores bem treinados. Já o 3 mostra corredores com pouca experiência ou treinado de forma regular. Para o número 2 estão os corredores que começaram sua temporada de treinamento ou mal treinados. Os corredores que estão começando a correr estão no número 1.

sábado, 24 de julho de 2010

I Maratona de Teresina - PI

Dia : 15 de Agosto de 2010,as 06:00 horas.
Informações : http://www.maratonadeteresina.com.br/index.html

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Depoimento - Maratona do Rio de Janeiro


MARATONA DO RIO DE JANEIRO – Por mais difícil que seja o caminho nunca desista.

O início de uma Maratona não acontece quando o atleta cruza a largada da prova ao ouvir o tiro de partida. O “start” acontece no instante em que a inscrição é realizada, a partir daí o corredor inicia os treinos diários, quase sempre puxados, visando cruzar com êxito o pórtico de chegada.

As planilhas são extenuantes, os treinos longos são desafiadores: 22, 24, 26, 28, 30, 32, 34, 36 e 38, esse último desaconselhável pelos treinadores, mas, sinceramente, acredito que é útil para quem vai correr uma maratona pela primeira vez. Ter corrido essa distância gerou uma grande confiança em mim. Adquiri a certeza de que o meu corpo tinha a capacidade de correr até bem próximo da distância a ser alcançada. Os 42.195 metros.

Depois de participar de vinte e oito provas, cinco das quais sendo Meias Maratonas, escolhi correr, ou melhor, desafiar a distância na Maratona da Cidade do Rio de Janeiro, local de beleza ímpar, prova de percurso favorável, apesar das subidas na segunda metade do percurso entre os quilômetros vinte e dois e vinte oito, a primeira é o elevado do Joá e a segunda é a temida Av. Niemeyer, essa possuidora de uma forte elevação, com aproximadamente dois quilômetros de extensão. Ambas são difíceis, principalmente porque são em seqüência, mas quem é acostumado a correr na Via Costeira, nas ladeiras da Rodrigues Alves, na Ladeira do Sol e na subida do Circo da Folia em Pirangi tira de letra.

Aqui cabe um registro interessante, o Rio de Janeiro respira atividade física vinte e quatro horas por dia, em Copacabana é possível ver corredores, caminhantes, ciclista, patinadores, skaitistas e outros atletas de manhã, de tarde e até altas horas da noite. Diferente da nossa cidade, apontada por um estudo da USP como uma das capitais mais sedentárias do país. No domingo as vias são fechadas para que a população possa aproveitar as avenidas de Copacabana, de Ipanema e do Aterro do Flamengo para a prática de atividades físicas. Já aqui em Natal...

A prova é muito bem organizada. Aliás, as três, pois a Maratona do Rio é composta também por uma corrida de 6k e da Meia Maratona, todas com expressiva participação, totalizando aproximadamente mais de onze mil atletas concluintes.

Para evitar acordar muito cedo no dia da prova eu e Assis, resolvemos dormir num hotel situado quase em frente da largada da Maratona. Tudo perfeito e previsto para iniciar o grande dia sem atropelos. Todavia, talvez por nervosismo, consegui a incrível façanha de largar “dez” minutos após o início da prova. Quando estava saindo do quarto a chave caiu no chão, ao pegá-la o fone do meu mp3 enganchou na cama e quebrou. Por conta desse imprevisto tive que dar uma de “Magaiver” para consertá-lo com esparadrapo. Deu certo. Entretanto esse contratempo me fez chegar atrasado ao local da largada.

Quando cheguei ao pórtico tive uma desagradável surpresa: cadê o povo? Onde estão os atletas? Puta q.. p... que mer.., a largada já tinha acontecido há aproximadamente dez minutos e os primeiros colocados estavam passando de volta pelo pórtico, isso com três quilômetros de prova.

Naquele instante um filme passou na minha cabeça, quase três mil quilômetros percorridos em treinamentos desde a conclusão da minha primeira Meia, muita musculação, muito gelo para tratar as contusões, os inúmeros exames médicos e a imprescindível compreensão da família devido às ausências causadas pelos treinos agendados, conciliando toda essa preparação com o trabalho para chegar atrasado a largada no dia da prova. E o mais incrível, estando hospedado a menos de cento e cinqüenta metros da largada. A situação seria cômica se não fosse trágica. Só faltou a narração do Faustão para a pegadinha ficar completa. Confesso, deu vontade de chorar, de desistir, de abandonar os meus planos de correr a Maratona. Talvez fosse um “aviso”, ainda bem que não sou supersticioso, e olha que nas últimas semanas uma canelite de arromba estava me incomodando, mas, como sempre dizia o meu amigo “Zé Alves”, que corre com a galera da UFRN: você só deixa de completar a maratona se não conseguir sequer caminhar e cair pelo caminho.

Perguntei ao locutor por onde era o caminho e saí desolado correndo absolutamente sozinho em desabalado ritmo. Alguns minutos depois os demais atletas que não eram da elite passaram por mim no sentido contrário. Ainda bem que eu percebi que o meu ritmo estava muito rápido, do jeito que eu estava correndo meu glicogênio não chegaria aos dez quilômetros, e reduzi o pace.

Quando cruzei o pórtico de largada já com três quilômetros o locutor bradou: vamos aplaudir os últimos colocados na Maratona do Rio, vamos aplaudir o esforço, a garra, a dedicação, a força de vontade.... Eu sorri e acenei para os espectadores e staffs presentes no local. Foi bem “animador” escutar esse incentivo.

Apesar de tudo me refiz da emoção que foi o meu início de prova, a minha tranqüilidade estava volta, comecei a sentir o prazer que é correr uma maratona, apesar do frio e do forte vento que soprava no sentido contrário, dificultando um pouco o estabelecimento do ritmo que eu pretendia. Mas segui em frente, só faltavam trinta e nove quilômetros. Na largada estavam a minha esposa, o meu filho de seis anos e alguns amigos esperando por mim. Eu não podia decepcioná-los.

Por volta do quarto ou quinto quilômetro cheguei a vários corredores e consegui ultrapassá-los, oriundos de vários países, uma verdadeira Torre de Babel, eram americanos, ingleses, canadenses, alguns destes corriam com a camisa indicando a condição de diabéticos, poloneses, chilenos, argentinos etc. A partir daí a corrida era outra.

Nesse ponto o percurso é uma reta sem fim de aproximadamente vinte quilômetros, interminável, fácil de correr se não fosse o vendaval e o frio que fazia. No quilômetro dezessete passei por Assis, o companheiro inseparável, inestimável e dedicado de treinos, expliquei o acontecido na largada e fui em frente.

Ao passar na marca da meia maratona estava me sentindo muito bem, a canelite não incomodou, sequer esboçava o menor indício de cansaço, mas sabia que as subidas da prova começariam a partir dali.

No elevado do Joá, por volta do quilômetro vinte e três ainda me poupei um pouco. Achei até leve a elevação, e a vista após o túnel é belíssima, um verdadeiro cartão postal do Rio.

No entanto, na Av. Niemayer, a subida mais temida pelos cariocas, por volta do quilômetro vinte seis de prova, decidi que a partir dali iria correr literalmente com o coração, ou seja, passei a subir forte com um grupo de dez corredores. Rapidamente passei à frente do grupo e fui ditando o ritmo. Percebi que a maioria foi ficando para trás, somente um corredor subia ao meu lado. De repente ele me perguntou se faltava muito para terminar a ladeira. Foi quando descobri que ele era de Fortaleza. Aproveitei para convidá-lo para correr a Meia Maratona de Natal. Nesse trecho é marcante ver as crianças da Favela do Vidigal em cima da mureta da avenida com as mãos estendidas cumprimentando os maratonistas. Alguns dão os seus bonés em retribuição.

Na descida da Niemayer comecei a acelerar rumo ao Aterro, passando por São Conrado, onde o ex-jogador do Milan e do Flamengo Leonardo estava sentado na beira da pista incentivando os maratonistas, em seguida vieram os bairros do Leblon, Ipanema, Copacabana e Leme, onde muita gente das mais variadas idades; crianças, jovens, adultos, idosos, enfim, famílias inteiras acenavam, estimulavam, gritavam e aplaudiam os atletas.

Essa parte da prova é um pouco triste, pois são os inúmeros os corredores que vão ficando pelo caminho, as quebras são inevitáveis, é o famoso “muro da maratona”, por volta do quilômetro trinta. Alguns não se entregam no primeiro sinal de fadiga, tentam trotar, caminham, alongam, mas, infelizmente, apesar de faltar apenas e tão somente doze quilômetros o sonho de cruzar a linha de chegada ficará para a próxima.

Nesse ponto, completamente empolgado e estimulado pela chegada iminente, corri numa velocidade forte e constante, fiz os últimos dez quilômetros em mais ou menos cinqüenta e quatro minutos. Passei por muita gente. Vi muitos atletas se superando para terminarem a prova, mas permaneci o tempo todo confiante no meu êxito. A partir do quilômetro quarenta dei o meu gás final. Fiz os dois últimos quilômetros em 5’15 e 5’10.

A chegada é uma festa, é emocionante, tem fotógrafos por todos os lados da pista, só faltou o nosso “Pereira” por lá, os torcedores acenavam, os staffs incentivavam, passei por diversos atletas chorando emocionados, alguns de mãos dadas, outros literalmente empurrando os companheiros de jornada, alguns correndo de mãos dadas com crianças, é difícil descrever o cenário.

A minha torcida também estava lá. Quando apareci após a última curva antes do pórtico tive o momento especial de acenar para minha esposa, para o meu torcedor número um, o meu filho Eduardo, ele que também estava presente acenando e gritando “pai” “pai” na chegada da primeira prova de rua que participei a corrida do Corpo de Bombeiros no ano de 2007 em Natal, e para os amigos que participavam desse momento de êxtase, superação e alegria indescritíveis.

Cruzei a linha de chegada, o meu objetivo quase impossível, um sonho distante da época das primeiras passadas no calçadão da Roberto Freire, dificílimo para uma pessoa asmática, com o tempo de 4°7”16’ ao som de Sweet Child, e com a decepção de perceber que a prova tinha terminado.Que venham as próximas.

Cláudio, corredor de rua e maratonista.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

domingo, 18 de julho de 2010

Corrida Soldado do Fogo (Bombeiros) - Fotos

Circuito Nordeste Caixa - Natal/RN

Dia : 8 de agosto de 2010 às 16:10.
Percurso : Largada e chegada na Praça Cívica – Av. Prudente de Morais
Inscrições :  De 19 de julho a 04 de Agosto de 2010.
As inscrições podem ser feitas on-line no site ou na Agência da Caixa Midway, terceiro piso; das 10h às 16 horas. http://www.circuitoqualidadecaixa.com.br/
5 KM / 10 KM - R$ 20,00 (vinte reais).
Informações : (84) 3089-0054

7 conselhos para correr como nunca

http://runnersworld.abril.com.br/noticias/7-conselhos-correr-como-nunca-247929_p.shtml
Correr é um exercício mecânico e parecer ser fácil evoluir. A situação não é bem assim. Treine seguindo nossos conselhos para ficar mais fácil detonar suas marcas.

1 - Vá lentamente
Saber como rodar é importantíssimo. Parece simples, mas muitas pessoas erram nas rodagens. O primeiro e mais importante fator é a impaciência, que pode gerar todos os demais erros. Se pretende melhorar seus resultados rapidamente, exagerar com rodagens longas demais e ritmo excessivamente forte, não adiantará nada. O importante é não ter pressa. Nosso organismo tem uma capacidade de assimilação impressionante e pode chegar a resultados incríveis mas sempre que lhe transmita os estímulos e treinos em pequenas doses.

2 - Saiba correr em progressão
O ritmo das rodagens deve ser progressivo, começando de forma suave (cômodo para correr falando com seu companheiro). Esta progressão sempre é relativa. Nas corridas normais de uma hora, a progressão deve ser leve, e, mais forte na parte final. Os ritmos devem ser executados de acordo com os resultados obtidos nos testes de esforço ou em relação à frequência cardíaca máxima de cada um. Para controlar melhor o ritmo, prefira correr em lugares sem muitas subidas íngremes, parar ou dar voltas em circuitos muito curtos. A mente tem um papel importante no treinamento, por isso, é essencial tentar relaxá-la, fazendo com que os pensamentos voem.

3 - Varie
Tente fazer os treinos de rodagem em lugares com subidas e descidas, mas sem grande desnível. Desse modo você fortalecerá as pernas.

4 - Torne o descanso parte do treino
Nenhum corredor precisa treinar mais do que cinco dias por semana e nunca mais do que quatro dias se corre uma maratona acima de 3h45min. É necessário intercalar um dia de descanso total após dois ou três treinos. Para começar a correr, o suficiente é treinar três vezes por semana. Descansar faz parte do treinamento. Aqueles que se submetem a treinos muito fortes poderiam realizar uma massagem de relaxamento dos músculos a cada no mínimo 15 dias. O ideal seria uma massagem por semana durante um mês e meio antes à disputa da maratona.

5 - Seja paciente
Um grande erro que encontramos entre os corredores é não ter paciência. A chave é não ter pressa para alcançar as melhoras desejadas e buscar atingir o objetivo sonhado a médio ou longo prazo. Não tenha pressa enquanto se torna um corredor maduro. São necessários entre 7 e 10 anos de treino continuado para conquistar a plenitude como corredor.

6 - Alongue mais e melhor
É fácil aprender a execução correta dos alongamentos. A maneira mais adequada é alongar com uma tensão relaxada e constante, com atenção nos músculos que estão sendo alongados. A forma incorreta é alongar pressionando bruscamente o alongamento que provocará dores no músculo, o que pode causar mais lesões que melhoras. Quem se alonga com movimentos bruscos e excessivos gera um reflexo nervoso que faz os músculos se contraírem, um mecanismo de defesa para evitar lesões. Por isso, se forçarmos demais no alongamento teremos o efeito contrário ao pretendido.

7 - Varie o terreno
É um erro muito comum aos iniciantes em corrida treinar demais no asfalto. Por ser um terreno duro acaba provocando maior risco de lesões. O ideal é treinar também em terrenos de terra ou grama alternando com asfalto e concreto.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

II Meia Maratona de Natal

Dia : 12/09 às 7:00.
21 km, 10 km e 5 km.
Informações : http://www.tribunadonorte.com.br/maratona/

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Maratona do Sol Poente (Fortaleza-CE)


Dia : 16 de outubro, sábado, na praia do Cumbuco, em Caucaia, a 30 km de Fortaleza.
Horário : A largada será às 15h30.
Além da maratona, haverá ainda uma meia e uma prova de 7 km.
O percurso é plano, começando na orla marítima, pegando estrada asfaltada e fazendo uma volta para novamente tomar a avenida ao lado da praia.
As inscrições deverão ser abertas na próxima semana, pelo site www.ativo.com

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Longão à vista!

Por Inês Trevisan
http://runnersworld.abril.com.br/materias/longao/index.shtml

Não importa a distância. Pode ser para curtos e honestos 5 km ou para uma maratona inteira. Em ambos os casos, você precisa de condicionamento físico e preparo mental para terminar bem uma prova. Uma das melhores formas de conseguir isso é incluir treinos longos, os famosos longões, em sua rotina de treinos.

Mas você sabe mesmo o que é um longão? "Longão é o treino mais longo de uma planilha de corrida", diz o especialista em fisiologia do exercício pela UNIFESP (Universidade Federal Paulista), Fabiano Pinheiro Peres. Simples, não é? Muitas vezes, nem tão simples assim é se manter firme com treinos mais longos do que os de costume. Mas vale a pena insistir para sentir os resultados melhorarem visivelmente.

Foi o que aconteceu com o advogado Fernando Eid Philipp, de São Paulo. Praticante de corrida há 12 anos, ele incluiu o longão nos treinamentos há 7 anos e conseguiu baixar tempos em maratonas. "Apesar de muitas vezes ser monótono fazer longões, devo boa parte da melhora nos resultados a esse tipo de treino. Em 2006, em Nova York, terminei a maratona com 3h55. Dois anos depois, em São Paulo, fiz 3h53. E este ano, em Paris, consegui 3h35", diz ele.

Mais de um jeito

Para definir o longão em sua rotina de treinos, o ideal é procurar um treinador, pois tudo depende do seu preparo físico atual e dos objetivos que quer alcançar. Mas existem algumas variações básicas. "Se o corredor já é treinado e já fez provas longas, o longão vai fazer jus ao nome e será realmente longo. Mas se for uma pessoa que está começando, pode ter praticamente o mesmo tempo de duração dos outros treinos. A diferença está na forma como o longão é feito: ele é contínuo, sem tiros, intervalos e outras interrupções", explica Ricardo Hirsch, treinador e diretor técnico da assessoria Personal Life.

A maneira como o longão é calculado também varia. Segundo Ricardo, pode ser por distância ou por tempo. Tudo depende da preferência do corredor. Se você, por exemplo, é do tipo que conta quilômetros enquanto corre e acha que isso atrapalha o desempenho, é possível fazer o treino por tempo. "Não existe uma única fórmula. Tudo depende da condição de cada um", diz Ricardo.

Vantagens e cuidados

O importante é ter em mente que o longão trará benefícios importantes, mesmo que você não esteja disposto a encarar uma maratona. "Entre outras coisas, o corredor vai ganhar confiança, resistência física e tolerância mental. E, quanto maior a distância, maior a perda de peso", afirma Marcio Puga, técnico de corrida do Rio de Janeiro.

A função principal do longão é trabalhar a resistência, não a velocidade (para isso servem os treinos intervalados ou de tiro). Portanto, acelerar feito um louco nesse treino mais longo da semana é o típico erro dos corredores mais ansiosos. O ritmo correto deveria permitir até uma conversa com o corredor do lado sem ficar ofegante.

Se acelerar demais e pegar pesado, o corredor ficará cansado e não vai dar conta de completar o treino. "Mas existe também o outro lado: se for muito mais leve do que a intensidade que se está habituado, podem surgir dores, por causa da diferença de ritmo", diz Ricardo.

Conclusão: encontre a dose certa e lembre-se da frequência cardíaca. De acordo com o ortopedista Alexandre Sadao, do Instituto Vita, é importante ficar perto de 75% da FCM (frequência cardíaca máxima). “Acima disso, o risco de lesão aumenta, pois se estará exigindo muito do corpo”, diz Sadao.

Apenas corredores em níveis mais avançados podem trabalhar a velocidade e acelerar um pouco mais no longão. Quem treina para a primeira maratona deve ficar mais preocupado em manter a frequência controlada nessa faixa de 75% da FCM. Os que estão buscando melhorar o tempo da maratona podem colocar mais qualidade no longão e elevar um pouco mais a frequência em alguns desses treinos. Os chamados "longões progressivos" são usados por corredores experientes para trabalhar velocidade e resistência ao mesmo tempo. Em um treino de 30 km, por exemplo, o atleta pode aumentar a cada 5 quilômetros a velocidade até chegar nos 5 finais com o ritmo pretendido para a maratona.

Também é importante prestar a atenção para não se empolgar e cometer erros comuns, como não usar roupas adequadas (conforme a temperatura do dia), esquecer da hidratação durante o treino e deixar o protetor solar em casa. Afinal, você vai passar mais tempo exposto ao ar livre do que está acostumado.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

T Esportes


Volta ao ar o novo site esportivo da T ESPORTES (www.tesportes.com.br ) dedicado a cobertura dos mais diversos eventos esportivos do RN, entre eles, a corrida de rua.

Corrida e Caminhada Farmácia Bompreço Natal

Corrida e Caminhada Farmácia Bompreço Natal

Dia 15 de agosto às 7h30 na Praça Cívica.
10 km e 4 km.
As inscrições já estão abertas no site da Corpore http://www.corpore.org.br/eve_inscricoesonline_selecionarevento.asp!! Associados Corpore e Bom Clube: R$25; não sócios: R$30. Vagas limitadas!!
A prova contará com uma corrida infantil exclusiva para atletas-mirins convidados de inscritos nos 10km ou 4km. A inscrição da prova infantil é gratuita e pode ser feita nos postos. Confira as distâncias que serão percorridas conforme a idade:
4 - 6 anos: 50 metros
7 - 9 anos: 100 metros
10 - 12 anos: 200 metros

quarta-feira, 7 de julho de 2010

9.ª Meia Maratona de João Pessoa

Dia : 08 de agosto.
Inscrições : Secretaria de Esporte, localizada na Avenida Camilo de Holanda, n° 890, Centro, das 8h às 18h até o dia dia 6 de agosto.
Valor : R$ 20,00.
Informações : (083)3218- 9872.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Jogador de futebol não corre nada

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0607201006.htm
Por RODOLFO LUCENA (rodolfo.lucena@grupofolha.com.br)

A COPA DO MUNDO vem dando um banho de tecnologia, entrando em nossas casas com cenas fantásticas, cobertura de lances em detalhes até aqui inimagináveis. Para o fã de futebol, porém, riqueza ainda maior é a prodigalidade de estatísticas que a Fifa oferece.

Uma enxurrada de números que vão, de maneira quase instantânea, contando a história da partida e dando munição para horas de debates em mesa de bar e muitos centímetros de colunas, como esta que você lê.

Uma das curiosidades da pororoca numerológica que a Fifa propicia é a distância percorrida pelos times no gramado, com informações individualizadas e cálculo de média da equipe. Traz também a velocidade máxima média da equipe e a máxima atingida pelos atletas em campo.

Os cálculos são feitos em tempo real, por computador, baseados nas imagens do jogo, e assombram pelo grau de precisão. Na última partida da fase de grupos, por exemplo, o Brasil correu um total de 102.222 metros. Portugal gastou mais a sola, percorrendo 108.585 metros.

O que pode não significar coisa nenhuma pois, como se sabe, futebol é bola na rede. Revela, porém, que, apesar de todos aqueles músculos exibidos na TV, jogador de futebol não corre nada.

Naquele jogo modorrento, os brasileiros correram em média 7.302 m ao longo dos 90 minutos, que é tempo mais do que suficiente para corredores lentos terminarem a São Silvestre, de 15 km.

Em contrapartida, os boleiros dão piques em alta velocidade. Michel Bastos chegou a dar piques em que atingiu o equivalente a 29 km/h. Se conseguisse manter esse ritmo ao longo de duas horas, deixaria longe o etíope Haile Gebrselassie, que correu a uma velocidade média de 20,4 km/h quando bateu o recorde mundial da maratona, em Berlim, em 2008.

O problema, claro, é sustentar o ritmo, qualquer que seja. Os jogadores treinam para a explosão, para a mudança de passada, para o pique vertical e para rápidos movimentos laterais.

Nós outros treinamos para atingir o nirvana, atingir um ritmo legal e ficar nele, embalando o corpo e deixando voar os pensamentos. Talvez isso ajude a explicar por que há tanto estresse entre os que correm em campo, enquanto os amadores usamos a corrida exatamente para enfrentar as tensões das vida.

RODOLFO LUCENA, 53, é editor do caderno Tec e do blog +Corrida (maiscorrida.folha.com.br), ultramaratonista e autor de "Maratonando, Desafios e Descobertas nos Cinco Continentes" (ed. Record) e de "+Corrida" (Publifolha)

domingo, 4 de julho de 2010

Mulheres ganham nova fórmula para frequência cardíaca

IARA BIDERMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd0207201001.htm

Tabela utilizada há 40 anos para orientar programas de treinamento físico não vale para a fisiologia feminina

Estudo americano diz que, nas mulheres, os batimentos máximos por minuto são menores do que nos homens

A fórmula clássica para calcular a frequência cardíaca (batimentos por minuto) máxima e nortear exercícios não serve para mulheres.
É o que concluiu um grupo da Universidade Northwestern, em Chicago, que há 18 anos estuda o coração do público feminino.
Há 40 anos, a frequência cardíaca máxima (FCM) é definida por uma conta simples: 220 menos a idade da pessoa. O resultado condiz com o que foi observado em pesquisas populacionais.
O problema é que a participação de mulheres nessas antigas pesquisas era mínima. Por isso, os dados não são precisos, diz a coordenadora do novo estudo, a cardiologista Martha Gulat.
Em entrevista à Folha, Gulat diz que a fórmula deve se tornar padrão. "Não somos "homens em tamanho menor", e até hoje não havia dados sobre mulheres em relação à frequência cardíaca. Fizemos um grande estudo e as evidências são muito fortes."
Publicado no "Circulation", da Sociedade Americana do Coração, o estudo incluiu 5.500mulheres. E concluiu que a FMC da mulher é entre oito e dez batimentos/ minuto menor do que a do homem da mesma idade.
"Sabendo sua FCM de forma precisa, a mulher pode atingir os objetivos pretendidos com o treino", diz Gulat.
A cardiologista também diz que o novo padrão permite diagnósticos mais realistas no teste de esforço (eletrocardiograma na esteira).
Segundo Turíbio Leite, professor de medicina do esporte da Unifesp, esse é o primeiro estudo avaliando diferenças de gênero na FCM. "Tem fundamento, mas não sei como será a aplicação."
A maior dificuldade, segundo Gulat, é fazer o cálculo: 206 menos 88% da idade. "Uma calculadora resolve. Estamos preparando um aplicativo para iPhone e internet", conta ela.

POUCOS ESTUDOS
"A mulher não se iguala ao homem no desempenho físico. Há poucos estudos específicos para elas", concorda o cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb.
Para Ghorayeb, montar treinos baseados em índices femininos é interessante, mas é preciso mais pesquisa para validar a nova fórmula.
Cláudio Silva, presidente da Associação Brasileira de Academias, diz que o ideal seria incorporar já esses dados. "Os fabricantes poderiam imprimir as novas tabelas nos aparelhos", diz.
Hoje, muitas esteiras têm no painel um quadro com as frequências cardíacas segundo a fórmula que não diferencia homens e mulheres.
Embora haja um desvio padrão, a frequência máxima obtida por fórmula é fixa para cada ano de vida. O condicionamento permite que a pessoa aumente a intensidade da atividade sem ultrapassar a "zona-alvo" do treino. São frequências entre 65% e 85% da máxima, que atendem a diferentes objetivos.