sábado, 29 de maio de 2010

Fascite Plantar


Faltando oito semanas para a Maratona do Rio de Janeiro, fui diagnosticado com fascite plantar no pé direito, mas o pior foi ter que ouvir o ortopedista falar que desistisse de correr a Maratona em julho.

Depois de tanto tempo dedicado a Maratona, faltando dois meses, pensar em desistir não estava nos meus planos. Até porque, finalmente, cumpria todos os treinos e verificava uma evolução acentuada na minha condição física.

Estou tentando remediar o problema com aplicação diária de gelo, alongamentos, uso de uma palmilha especial, acupuntura e substituição de alguns treinos de corrida por natação e ciclismo.

Hoje vou fazer meu primeiro longão de 34 km e a depender da intensidade da dor no pé após o treino, vou verificar se desisto ou não. Não gostaria, mas cogito a possibilidade de correr a maratona em outro momento. Afinal, é preciso saber perder, para poder ganhar.



Fascite plantar e o esporão do calcâneo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fascite_plantar

Quando ocorre a lesão próximo ao osso, este pode tentar se curar produzindo osso novo. Isto resulta no desenvolvimento de um esporão de calcâneo. Sem a espora a condição é chamada de fascite plantar, apenas a lesão muscular. O esporão calcâneo é uma formação óssea reativa em forma de esporão (espícula óssea), localizada na face plantar do calcâneo (osso do pé). Pessoas com esta patologia têm dor na região plantar sob o calcâneo.

Alguns artigos dizem que o esporão é conseqüente da fascite plantar. O esporão do calcâneo faz parte do quadro e se caracteriza por um crescimento ósseo no calcâneo, mas é importante salientar que o esporão não ocorre na fáscia plantar e sim no músculo flexor curto dos dedos, o qual é adjacente a fáscia. Apenas 50% das pessoas com fasciíte têm esporão e 10% das pessoas sem dor no calcâneo também tem esporão.[2]

sexta-feira, 28 de maio de 2010


Data : 04 de julho de 2010
Local : Aterro da Praia de Iracema
A participação é aberta a equipes de duas, quatro e oito pessoas e 2 categorias masculino e feminino), que terão de percorrer 42.195 metros da maratona (percurso de quatro voltas de 5.275 metros), dividida de acordo com o número de participantes por equipe, em cada modalidade.
Informações :
http://www.maratonapaodeacucar.com.br/fortaleza

V Meia Maratona CORRE Recife


Data 11 de Julho de 2010
Largada: 7:00 horas da manhã
Local: Parque da Jaqueira.
Haverá uma prova alternativa de 5km largando com os corredores da meia maratona.
Informações :
corre@corredoresdorecife.com.br
http://www.corredoresdorecife.com.br/esportes/webdoc30.html
http://ativo.uol.com.br/Eventos/MostraEvento.aspx?idEvento=2740

Dica de site

Correr pelo Mundo
http://www.correrpelomundo.com.br/

quinta-feira, 27 de maio de 2010

10 Milhas Noturnas (16 km) - Fortaleza

Olhe onde pisa

Por Julia Zanolli e Jenny Everett
* COLABORAÇÃO: Rogério Teixeira da Silva, doutor em ortopedia e medicina esportiva pela Unifesp.

http://runnersworld.abril.com.br/materias/ondepisa/index.shtml

Cada tipo de terreno tem um impacto diferente na sua corrida. Saiba quando vale a pena pisar fundo e quando é melhor passar longe

Quando corremos, nossos pés chegam a suportar de duas a três vezes o peso do nosso corpo a cada passada. E um dos fatores que podem diminuir ou aumentar esse impacto é a superfície onde se corre. Quanto mais rígido o piso, maior o impacto. Maior também a velocidade, porque boa parte da força é devolvida para os pés, aumentando o impulso. Mas o corpo vai ter de absorver essa energia e, por isso, é maior o risco de lesões em pontos mais vulneráveis, como as articulações.

Uma boa maneira de evitar ou piorar lesões preexistentes é alternar o tipo de piso onde se corre. "Da mesma forma como você varia a quilometragem e a intensidade dos treinos – curto em um dia e longo no dia seguinte; pesado em um dia e fácil no dia seguinte –, você também deve variar o terreno onde corre, para minimizar o risco de lesões", diz o americano Tom Holland, maratonista e fisiologista do exercício. Uma pessoa que tem propensão a canelite, por exemplo, poderia piorar o problema correndo sempre no asfalto, mas se protegeria ao incluir na planilha treinos na esteira ou na terra. A seguir, você descobre quais pisos são mais indicados para você e em quais situações.

Concreto

Corra à vontade: só se essa for a única opção segura, especialmente em lugares com grande movimentação de carros. Por ser o mais rígido entre todos os pisos, é o que oferece mais impacto (e portanto o menos indicado). Nesse caso, a musculação é essencial: quanto mais fortalecido você estiver, mais estrutura terá para aguentar o impacto. Faça somente treinos leves nesse piso.

Pise com cuidado: especialmente se estiver acima do peso ou apresentar qualquer lesão, como fraturas por estresse ou inflamações na canela. Evite correr no concreto quando já estiver cansado para não sobrecarregar seu corpo. Passe longe também em dias de chuva (quando esse piso tende a ficar escorregadio) e de longões na planilha.

O tênis certo: modelos com bastante amortecimento, que ofereçam proteção contra o impacto. Flexibilidade também é importante para trazer mais conforto, já que o piso é muito rígido. Por ser um solo que desgasta muito o tênis, procure produtos de qualidade que tenham um solado resistente. Boas opções: New Balance 738, Brooks Trance 9, Nike Span 7.

VAPT-VUPT - Especialistas observaram que, em superfícies duras, o tempo de contato do pé com o chão é três vezes menor que nas moles e, por isso, a corrida fica mais rápida.

Asfalto

Corra à vontade: se você não for propenso a lesões nem estiver se recuperando de uma. Se estiver treinando para um prova de rua, aproveite os treinos no asfalto para ir se acostumando com as condições que vai encontrar no dia da corrida. Por ser bastante rígido, ele devolve o impulso da passada e você pode desenvolver boa velocidade. Pode ser usado em treinos de tiro e em longões.

Pise com cuidado: se recentemente você teve dor na canela ou no joelho, fratura, estiramento muscular ou síndrome da banda iliotibial. O asfalto pode abalar os ossos, as articulações e os músculos. Caso tenha realizado os outros treinos da semana em asfalto, procure alternar com pisos mais macios.

O tênis certo: além de ter amortecimento e flexibilidade, deve ser feito com um tecido “fresquinho”, chamado pelos fabricantes de respirável. A ventilação do pé é importante porque o asfalto, mais que qualquer outro piso, absorve muito calor. Boas opções: Reebok Premier Road Supreme, Saucony Progrid Paramount, Asics Gel Kayano 16.

ESQUENTADINHO - Não se preocupe se o asfalto estiver "derretendo": o solado do seu tênis é feito para aguentar temperaturas de até 80 ºC.

Terra

Corra à vontade: se você teve joelho de corredor, síndrome da banda iliotibial, canelite ou qualquer lesão que seja agravada por impacto. A terra batida é considerada por treinadores como o piso ideal nesses casos, por oferecer bom amortecimento mas não “segurar” tanto a passada. Liberada para treinos longos e de intensidade.

Pise com cuidado: se você torceu o tornozelo. Os ligamentos dessa articulação nunca se recuperam totalmente. E a probabilidade de que isso ocorra novamente é maior quando se corre em superfícies moles e irregulares. Por isso, trilhas com muitas pedras, buracos e lama exigem mais atenção.

O tênis certo: para terra batida, o calçado deve ter um solado com boas ranhuras, para garantir mais tração e diminuir a chance de escorregar. Quanto mais larga for a sola, mais estabilidade ele oferecerá. O cadarço deve possibilitar um encaixe justo no pé e a entressola deve ser macia para absorver o impacto de uma pedra ou buraco. O tecido deve ser ventilado e possibilitar a saída de água (caso você passe por um trecho molhado), mas também proteger o pé de galhos. Se o piso for muito irregular, invista em um modelo específico para trilhas. Boas opções: Salomon Speedcross 2, Mizuno Wave Elixir 5, Timberland TMA Route Racer GTX.

HORA DO BANHO - Se o tênis voltar do treino envolto em barro, vá para o tanque e limpe-o com sabão neutro e água corrente fria. Não use esponja ou bucha, no máximo uma escova de cerdas macias no solado. E nunca deixe o tênis de molho.

Areia

Corra à vontade: raramente. A areia é instável e submete joelhos, tornozelos e quadril a um intenso movimento de torção. Mas, como esse terreno exige força de músculos que costumam ser negligenciados, treinar na areia é uma boa opção para desenvolver a força. Também é indicada para estimular a propriocepção (conscientização corporal), mas as corridas na areia devem ser sempre curtas.

Pise com cuidado: se você já torceu o tornozelo ou teve tendinite no tendão de Aquiles. Estudos indicam que a corrida na areia aumenta em até dez vezes o risco de dor nesse tendão. Além do mais, por mais firme e plana que pareça, a areia sempre apresenta um desnível que faz com que você sobrecarregue um dos lados do corpo. E fazer o caminho de volta trabalhando o outro lado não equilibra a situação, só provoca os mesmo danos do outro lado.

O tênis certo: para algumas pessoas, não usar nada é a melhor opção. De fato, por ser mais macia, a areia não requer tanto amortecimento, mas tome cuidado para não machucar ou queimar o pé. Para quem se sente inseguro em correr descalço, um tênis baixo e leve é o ideal. Se correr perto do mar, dê preferência a modelos com um bom sistema de saída de água. Boas opções: Asics Gel-DS Racer 8, Mizuno Wave Musha, New Balance 070.

SÓ UM TAPINHA? - Se não tiver molhado o tênis no treino, bata bem para retirar a areia. Se o mar deu um banho nele, lave-o com água doce. A durabilidade diminui se você deixar o tênis secar sem tirar a água salgada.

Pistas de atletismo

Corra à vontade: se você torce o tornozelo com frequência ou acaba de se recuperar de uma fratura. O terreno sintético não traz surpresas e não há raízes nem meios-fios. Além disso, essa pista tem mais amortecimento que as pistas asfaltadas, mas não é mole a ponto de provocar instabilidade. Boa para treinos de velocidade e útil para quem precisa marcar a quilometragem exata do treino.

Pise com cuidado: se você teve síndrome da banda iliotibial ou estiramento da panturrilha. A parte externa da panturrilha se encurta conforme você percorre a trajetória circular da pista. As curvas fechadas também deixam a parte interna da banda iliotibial tensionada. Mas atenção: se a pista estiver desgastada e sem manutenção, todo o amortecimento extra que ela poderia oferecer torna-se inútil.

O tênis certo: leve, mas com bom amortecimento e estabilidade. O material da pista é feito especialmente para tracionar as travas das sapatilhas dos corredores de alta performance. Se não é o seu caso, e você usa a pista para treinos, não dispense o amortecimento, especialmente se ela estiver desgastada. Boas opções: Saucony Triumph 5, Nike LunarRacer 2, New Balance 827.

RAPIDINHA - A maioria das pistas ao ar livre tem a forma oval e mede 400 metros. A faixa externa é de 40 a 50 metros mais longa que a interna, por isso os corredores não ficam alinhados nas largadas das distâncias a partir dos 200 metros.

Grama

Corra à vontade: se você tem dor no joelho ou está voltando a correr depois de ter se recuperado de uma fratura. Na grama, a maior parte do impacto é absorvida pelo chão em vez de voltar para a perna. Por isso, ela é uma boa opção para quem quer gastar mais calorias e trabalhar a musculatura. Indicada para treinos intervalados ou fartleks (ritmos variados).

Pise com cuidado: se você tem propensão a fascite plantar. É mais provável que seu pé vire para dentro nesse terreno mole e irregular, e o movimento de torção dos ligamentos da sola do pé é mais intenso. Atenção especial em buracos e poças, que podem ficar escondidos na grama e causar tombos.

O tênis certo: prefira modelos com ranhuras no solado e bom sistema de tração. Por ser um terreno mais macio, a grama não pede tanto amortecimento, mas o tênis deve oferecer boa estabilidade. Como às vezes a grama fica molhada por causa do orvalho, use um tênis com tecido impermeável. Boas opções: Brooks Cascadia 3, Mizuno Prorunner 13, Nike Lunar Glide.

SEMPRE FRESQUINHO - Tenha certeza de que seu tênis está seco antes de usá-lo novamente. Deixe-o na sombra e em um local ventilado. Atrás da geladeira ou na máquina de secar, nem pensar, pois resseca e desgasta o tecido.

Esteira

Corra à vontade: se você estiver se recuperando de uma lesão ou aumentando sua quilometragem e quer descansar um pouco do asfalto. A superfície amortecida da esteira reduz o estresse nas costas, quadril, joelhos e pés. E, além disso, o caminho é livre, sem obstáculos. É uma boa opção para quem tem pouco tempo e para quem quer controlar tempo de exercício, frequência cardíaca e velocidade.

Pise com cuidado: se você estiver treinando para uma competição de rua. A corrida feita exclusivamente na esteira não vai preparar você para correr em terrenos irregulares nem para lidar com o impacto do asfalto, e isso pode provocar lesões. Também preste atenção na postura, que muda muito quando você corre na esteira, já que o piso leva o corpo para a frente, alterando a técnica de corrida.

O tênis certo: modelos que ofereçam bom equilíbrio entre amortecimento e estabilidade. Não é necessário comprar um tênis com muitas piroctecnias tecnológicas. Um modelo mais simplificado dá conta do recado. Asics Gel – 260TR, Nike Air Max Moto 7, Reebok Premier Ultra KFS VII.

LANTERNINHA - A esteira é o piso com menor gasto calórico, já que o piso de lona faz parte do trabalho. Além disso, em ambientes internos não há resistência do vento. A areia é a campeã para detonar calorias: por ser muito macia, você faz mais esforço.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Maratona - 18.ª semana de treino

Foto : Alvinho Duarte

a) 10 km - Fiz 12 km.
b) Tiro (14x400).
c) 14 km - Fiz 16 km.
d) Tiro (6X1000).
e) 10 km - Fiz 20 km na bicicleta da academia.
f) Longo 32 km ( Fiz 20 Km na RJ Classic - 23ª Corrida dos Fuzileiros Navais, no Rio de Janeiro).

Quilometragem da 18.ª semana - 64 km

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Recuperação ativa

Por Maurício Belfante
http://o2porminuto.uol.com.br/scripts/materia/materia_det.asp?idMateria=3928&idCanal=1

Nos dias de descanso das planilhas de treinamentos, é necessário fazer um processo de recuperação corporal. Para isso, muitos atletas tiram o dia de folga da corrida e o deixam sem nenhuma atividade física, para que, assim, o corpo possa se reabilitar. Mas fazer outro esporte neste período de pausa nos exercícios irá cancelar essa recuperação?

Ao contrário desta lógica, é bem proveitosa a realização de outras atividades durante este período. “Seria ideal se o atleta de corrida tivesse como fazer outra atividade nos intervalos entre treinos, pois elas melhoram a manutenção do corpo e também mudam o exercício que os corredores sempre praticam, não proporcionando mal-estar na corrida”, diz Paulo Rennó, diretor técnico da Paulo Rennó Assessoria Esportiva.

Benefícios para o atleta
Manter atividades extra-corrida pode significar completos benefícios para o atleta, como a ajuda na manutenção do condicionamento da parte cardiovascular, a não sobrecarrega da musculatura na corrida, ajuda na vascularização muscular para uma melhor recuperação muscoesquelética, e trabalho de certas partes da musculatura que não são trabalhadas durante as passadas.

“A melhor maneira de se recuperar é realizando um trabalho diferente do que está seguindo constantemente, sendo assim, melhorando a postura quando volta-se de um dia de descanso”, afirma Júlio Coelho, diretor técnico da Equipe Júlio Coelho.

Ponto indispensável durante a realização das atividades, a intensidade deve ser bem baixa para que não haja sobrecarga e, consequentemente, cancelamento do descanso que deveria ocorrer. O cuidado com a intensidade do exercício deve ser tratado com respeito pelo atleta.

Peridiocidade
Para começar um novo esporte durante a semana, enquanto faz a já planejada corrida, é preciso traçar que atividade será praticada e sua periodicidade na semana de treinamento. Os exercícios físicos e aeróbios mais indicados são aqueles com pouco impacto, diferentes da corrida. Entre eles estão a natação, hidroginástica, deep running, spinning, musculação, bicicleta e até aulas de alongamento.

“O contato com outros esportes é bem benéfico, já que cada um contém uma sensação distinta. Sentir outros prazeres faz com que o atleta se motive mais no que ele está disposto a realizar”, afirma Rennó.

A quebra de rotina pode acontecer de duas a três vezes durante a semana, podendo até variar de esportes nessas folgas, sendo mais proveitoso ainda. Realizar trabalhos em companhia de amigos pode também ser benéfico para a sociabilidade e na dispersão de problemas do dia-a-dia.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Grupo de Corrida

Por Veronica Schneider, redação ONNE
http://msn.onne.com.br/esportes/materia/13245/corrida

Os grupos de corrida estão se tornando cada vez mais populares entre os brasileiros. Uma das grandes explicações é a companhia oferecida pela modalidade, pois muitas pessoas não se sentem estimuladas em praticar exercícios físicos sozinhas. Mesmo assim, o maior benefício dessa prática é a melhoria de vida e bem estar.

Estes grupos, que geralmente são formados por pessoas com afinidades, se encontram em parques aos finais de semana, no período da manhã ou no final da tarde, depois do horário de trabalho. Os grupos são sempre orientados por um profissional, que, além de instruir a equipe sobre como será o treino, dá dicas de alimentação, saúde e preparação física. Ou seja, mesmo quem nunca praticou o esporte recebe o acompanhamento necessário para ter uma vida mais saudável e, assim, prevenir-se de futuras doenças.

Para esclarecer as dúvidas dos leitores em relação à nova modalidade esportiva, ONNE conversou com o fisioterapeuta Nelson Morini, responsável pelo Grupo de Corrida Reactive, que acontece semanalmente no Parque Villa-Lobos, em São Paulo capital.

ONNE - Os grupos de corrida se tornaram populares no Brasil de forma mais rápida que em muitos países, a que fatores se deve isso?

Morini - O brasileiro é um corredor por excelência. Vários fatores contribuem para isto: clima agradável do país, aumento das informações sobre saúde, busca para tentar equilibrar o dia a dia de estresse, convívio em grupo e ambiente saudável.

ONNE - Quais benefícios a corrida pode trazer para saúde?

Morini - Melhorar a qualidade de vida e bem estar. Isto pode ser conseguido por conta dos benefícios dos estímulos corporais tais como: melhora da densidade óssea (controle da osteoporose), melhora da força e resistência muscular, melhora do sistema cardio-respiratorio-vascular. Pode prevenir doenças como o enfarto do miocárdio, o endurecimento de veias e artérias, derrame cerebral, diabetes, melhora na produção dos hormônios corporais - para os homens a testosterona e mulheres estrógeno/progesterona - e controle do colesterol.

ONNE - Qual a preparação adequada antes e depois de cada corrida?

Morini - Em primeiro lugar deve ser feita uma avaliação adequada e um programa de treinamento tanto para quem quer começar a treinar como para quem já treina. A avaliação consiste em teste ergoespirométrico para verificar a capacidade de consumo de O2 e CO2, eletrocardiograma, medição das dobras cutâneas e avaliação ortopédica. Já para as corridas, são necessários alguns cuidados tais como aquecer com alongamento e pequenos trotes para preparar o corpo para a corrida (cada indivíduo tem um tempo diferente do outro que gira em torno entre 15 e 20 minutos), se alimentar no dia anterior a corrida evitando comidas pesadas (com muita gordura). No dia da corrida, tomar café da manhã leve a base de frutas, pão e sucos e durante a corrida ingerir muita água. Se a corrida for longa, carboidrato em gel para dar mais energia. Manter o ritmo de sono e não treinar forte na semana que antecede a corrida.

ONNE - As pessoas do grupo costumam ter o mesmo perfil de idade ou de preparação física?

Morini - Em uma empresa com muitos alunos sempre se formam grupos homogêneos, por idade, gênero, nível de treinamento e competição, familiar e até mesmo sócio-econômico.

ONNE - Como alguém que nunca praticou esse esporte é iniciado no grupo?

Morini - Após a avaliação, realiza-se um programa de treinamento mediante às condições atuais do sujeito e metas/objetivos a serem cumpridos.

Maratona do Rio de Janeiro

domingo, 16 de maio de 2010

Cuidado para o treino não passar do ponto

POR MARCELO AUGUSTI (mr-running@uol.com.br)
http://www.revistacontrarelogio.com.br/materias/?Cuidado%20para%20o%20treino%20não%20passar%20do%20ponto.728

Os corredores mais dedicados e competitivos são sempre passíveis de serem vítimas da filosofia "quanto mais, melhor". Mas o que isso significa? Muito simples. Algumas pessoas acreditam que ao aumentar sua quilometragem semanal irão correr ainda melhor.

Muitas pesquisas científicas entre as décadas de 1960-1980 apontavam na direção de que um aumento do volume de treino acarretaria uma melhora no rendimento atlético. Sem dúvida que isso provou ser parte de uma verdade incontestável da preparação dos corredores: um avanço nos resultados passa necessariamente pelo aumento da quantidade nos treinos. Ou seja, para se correr mais rápido, deve-se percorrer maiores distâncias no treinamento.

Porém, isto corresponde a apenas uma parte da verdade do treinamento esportivo. Ao longo do percurso científico e da evolução do conhecimento no esporte, descobriu-se que o aumento do volume de treino tem um teto ao qual o corredor, ao ultrapassar seus limites biológicos de ajuste orgânico (dos órgãos e sistemas do organismo), além de não obter qualquer benefício para o seu condicionamento, piora o rendimento atlético e põe em risco a sua saúde.

Exemplo disso é que alguns corredores de elite na década de 1970-80 chegaram a percorrer mais de 8 mil quilômetros por ano, porém, sem apresentar qualquer melhora em sua capacidade aeróbia e tampouco no rendimento atlético, e ainda acompanhado por um aumento das lesões. Isso fez com que os treinadores e cientistas esportivos mudassem o foco de suas pesquisas e metodologias de treinos para a questão da intensidade do esforço e a sua importância para a melhora do resultado esportivo.

PRIMEIRO QUANTIDADE, DEPOIS QUALIDADE. Mas, como já foi destacado, para se melhorar a qualidade, primeiro deve-se priorizar a quantidade. E este é um dos preceitos básicos da teoria geral do treinamento esportivo. Aos corredores iniciantes, o aumento do volume de treino é fundamental para a formação e consolidação de sua resistência, força e velocidade.

Só que o aumento da quilometragem semanal e do volume geral de treinamento deve ser realizado progressivamente, de modo a proporcionar ao corredor um ajuste gradual em seus sistemas orgânicos (cardiovascular, respiratório, muscular e nervoso) em relação às exigências do treinamento.

Tudo deve ser feito em fases, etapas e períodos - sem pressa e com atenção às respostas anatômicas e fisiológicas dadas pelo organismo. Para isso, os corredores principiantes devem realizar corridas em ritmo lento e constante, procurando aumentar antes a duração do esforço que a sua intensidade. Uma correta sedimentação do condicionamento para a corrida deverá observar, em primeiro lugar, a melhora da resistência (cardiorrespiratória e muscular), da coordenação motora e aprendizagem da técnica e, posteriormente, da velocidade, ritmo de deslocamento e estratégia de competição.

Já os corredores experientes podem utilizar duas propostas de treinamento, sempre observando a questão do volume e da intensidade:

1) Aumentar a quilometragem semanalmente, de modo gradual e progressivo, exclusivamente por meio de rodagens e treinos longos, concentrando-se, portanto, apenas no fator volume de treinamento. Não ficarão "velozes", porém muito resistentes.

2) Aumentar a quilometragem semanalmente, de modo gradual e progressivo, mas utilizando-se também dos treinos de qualidade (fartleks, intervalados, fracionados), uma ou duas vezes na semana, além das rodagens e longos, enfatizando tanto o fator volume quanto a intensidade. Vão aliar resistência à velocidade.

Essas duas variantes podem ser utilizadas na preparação dos corredores, desde que sempre seja observada a questão da moderação (aumento gradual e progressivo).

O treino vai além do necessário quando ocorre o fenômeno do supertreinamento, ou seja, aumento do volume (ou da intensidade) em ritmo muito rápido, que tem como resultado uma diminuição do rendimento. Mesmo treinando mais, o organismo não responde às expectativas do corredor, já que se encontra em um estado crítico, de fragilidade, pois não consegue absorver a carga de treinamento. É o treino em excesso, o esgotamento, a apatia e a fadiga crônica que atingem o corredor e por vezes também doenças oportunistas, como gripes e resfriados.

OS SINTOMAS DO SUPERTREINAMENTO. Muitos e variados são os sintomas da síndrome do supertreinamento, dentre eles, pode-se destacar os seguintes, segundo consta no livro "Corrida - Ciência do Treinamento e Desempenho", de Eric Newsholme, Tony Leech e Glenda Duester. Editora Phorte, 2006.

- A frequência cardíaca encontra-se aumentada pela manhã e, após o exercício ocorre uma demora para ela retornar aos valores de repouso;

- Redução do rendimento atlético;

- Diminuição da capacidade de resistência e força geral;

- Perda de peso;

- Maior propensão a adquirir infecções;

- Demora na cicatrização;

- Apatia e fadiga crônica.

O corredor que se encontra em um estado de supertreinamento deve reduzir a carga de treinos, observar maiores períodos de repouso, fazer treinos leves / regenerativos, de preferência, utilizando-se de outras modalidades (natação, ciclismo etc.), alimentar-se adequadamente, dentre outros. Os casos mais suaves podem ser "curados" em duas a quatro semanas. Porém, em casos extremos de supertreinamento, o corredor poderá ficar até seis meses ou mais afastado dos treinos e competições.

Portanto, aos corredores mais dedicados e competitivos, muita atenção aos seus treinamentos e a aquilo que diz o seu corpo. O supertreinamento pode ser bastante prejudicial!

Maratona - 17.ª semana de treino


a) 10 km.
b) Tiro (12x400).
c) 14 km.
d) Fartlek- Não pude realizar.
e) 10 km.
f) Longo 28 km (Início da Rota do Sol até o Cajueiro da Praia de Pirangi (ida e volta) - Com suporte em todo o trajeto, possibilitando uma hidratação a cada 3 km).

Quilometragem da 17.ª semana - 70 km

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Frase

" Assim como nas corridas, as maiores batalhas da vida são travadas na solidão. E na vida, assim como nas corridas, o mais importante é o ato de participar, ainda que a ilusão da vitória nos dê forças para continuar lutando"
Emil Zatopek

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A raspadinha do atleta

Refresco é novo ovo de Colombo para evitar superaquecimento do corpo e melhorar desempenho no esporte

IARA BIDERMAN - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1305201004.htm

A raspadinha, refresco colorido que já foi a alegria das crianças na praia, ganha novo status: bebida para esportistas.
O novo uso foi sugerido depois de uma pesquisa feita por Paul Laursen, professor e fisiologista da New Zealand Academy of Sport Paul Laursen.
Laursen, que é triatleta, estuda formas de diminuir a temperatura central do corpo.
"Como o superaquecimento leva à fadiga, o pré-resfriamento [corporal] aumenta o desempenho, diminuindo a temperatura central antes do exercício. Isso faz com que se demore mais para atingir a temperatura central crítica, cerca de 40º C", ele explicou à Folha.
Se o exercício é intenso ou prolongado, ou o tempo está muito quente, parte da energia é gasta para dissipar o calor do corpo. "A ideia da raspadinha é combater a produção de calor. Teoricamente, pode melhorar o desempenho", diz Turíbio Leite, professor de medicina do esporte da Unifesp.
Atletas de elite, como Laursen, têm alguns artifícios para promover o pré-resfriamento antes de competições, como mergulhar em uma banheira de gelo ou usar coletes gelados durante a prova.
Nada muito prático. Em busca de uma solução mais caseira, o professor partiu de resultados de estudos feitos com animais, sobre métodos de pré-resfriamento do corpo antes de cirurgias, para pesquisar o efeito do refresco no esporte.
A pesquisa de Laursen foi feita com atletas amadores. Antes de correr na esteira em uma sala quente, um grupo tomou água gelada com xarope e outro, gelo moído com xarope.
Enquanto o primeiro grupo conseguiu correr cerca de 40 minutos antes de chegar à fadiga, a turma da raspadinha correu, em média, 50.
"Não é tão eficaz quanto entrar em uma banheira de gelo, mas provavelmente traz melhores resultados do que os coletes gelados", afirma Laursen.
O efeito não dura o suficiente para quem vai correr uma maratona, mas não deixa de ser útil para adiar o aquecimento do corpo nos primeiros 50 minutos da competição.
Para corridas curtas, jogos de futebol ou de tênis, por exemplo, parece uma boa ideia. "Artifícios para pré-resfriamento do corpo são mais usados por profissionais, mas a raspadinha pode ser tomada por qualquer pessoa 30 minutos antes de se exercitar", diz Laursen.
Turíbio Leite lembra que o refresco não substitui outros alimentos. "O uso é pontual. A raspadinha pode ser tomada por quem vai fazer exercícios intensos por tempo prolongado, em dias muito quentes, ou por pessoas que sentem muito o impacto do calor", diz.

domingo, 9 de maio de 2010

Maratona - 16.ª semana de treino

a) 08 km - Não pude realizar.
b) Tiro (12x400).
c) 14 km.
d) Tiro (1000)- Não pude realizar.
e) 12 km.
f) Longo 24 km.

Quilometragem da 16.ª semana - 58 km

sábado, 8 de maio de 2010

Livro : 2 horas, 43 minutos e 50 segundos


OPERAÇÃO PORTUGA, de Sérgio Xavier Filho (Arquipélago; 176 páginas; 32 reais)

. Portuga é o apelido de Amílcar Lopes Júnior, corredor brasileiro que completou a maratona de Chicago, em 2006, em 2 horas, 43 minutos e 50 segundos. Não, não é um recorde mundial – apenas uma marca excelente para um esportista amador. Portuga é empresário, dono da Água Mineral Petrópolis. O feito atiçou o espírito competitivo de quatro amigos seus – todos amadores ligados ao mundo empresarial –, que logo começaram a treinar pesado para completar a maratona em menos tempo. Para um deles, o publicitário e esquiador Marcelo Apovian, o treinamento representou uma história de superação: ele havia sofrido um acidente grave e teve de passar por cirurgias para recuperar uma perna fraturada. Esta é uma reportagem sobre como a competição esportiva pode obcecar pessoas comuns e despertar o melhor delas. Ou, como avisa já na introdução o jornalista Sérgio Xavier Filho, diretor de redação das revistas PLACAR e RUNNER’S WORLD – da Editora Abril, que também publica VEJA: "Este não é um livro sobre corrida. É sobre gente".

http://veja.abril.com.br/120510/veja-recomenda.shtml

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Jogos mentais : Psicólogos do esporte levam seus conselhos às ruas e ajudam atletas a não perder o foco

Por Nancy Averett
http://runnersworld.abril.com.br/materias/jogos/index.shtml

Kate Hays, doutora em psicologia do esporte e psicóloga da Maratona de Toronto (Canadá), já teve contato com todo tipo de ansiedade pré-corrida. Ela conta que uma vez, minutos antes da prova, um homem chegou a questionar se deveria mesmo correr usando um chapéu de chef de cozinha, além de carregar um bolo para anunciar seu restaurante, mesmo tendo treinado bastante a "ação de marketing" nos dias anteriores à prova. Kate sabia que recitar um mantra sempre ajuda, e lançou um para o paciente: "Você já sabe que consegue correr 30 km", disse ela. "O resto é fácil."

Parece bobo, mas vozes reconfortantes como a de Kate disponíveis aos corredores são cada vez mais comuns em maratonas. Os diretores das provas já reconhecem a importância de ter à mão alguém que entende os desafios mentais encarados pelos corredores. Tanto no aquecimento quanto na linha de partida, psicólogos do esporte, que normalmente também são corredores, ensinam aos atletas truques mentais para superar o nervosismo pré-prova. Durante a corrida, alguns passeiam de bicicleta ao longo do percurso, dando apoio aos que passam por dificuldades. Depois, esses profissionais ainda trabalham nas tendas, cuidando de egos feridos.

Você pode aprender com a experiência desses doutores da corrida, esteja treinando para uma maratona, esteja simplesmente buscando aumentar a quilometragem semanal. Veja as dicas.

Conheça o terreno
A doutora em psicologia Suzanne McAllister Avery, que já fez parte da equipe de psicoterapeutas da Maratona de Nova York, recomenda que os atletas façam um reconhecimento de terreno e dos pontos de referência dos percursos de prova e treino. Assim você saberá, por exemplo, que precisa guardar energia para aquela subida perto do km 13. Ou poderá respirar mais tranquilo quando passar por um monumento, sabendo que só falta 1 km para a chegada.

Carregue um talismã
"Pode ser motivador olhar para um pequeno objeto que o faça lembrar por que está correndo", diz Kate Hays. A psicóloga conhece uma mulher que dedicou uma maratona aos pais já falecidos, depois de ter usado os anéis de casamento deles no dia da prova. A japonesa Mizuki Noguchi correu a maratona nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, com um omamori, amuleto com as bênçãos de um monge xintoísta, que fica dentro de uma trouxinha bordada, costurado nos shorts. Conquistou a medalha de ouro.

Solte-se
Austin "Ozzie" Gontang, psicoterapeuta e maratonista, costuma pedalar até os marcadores dos km 5, 22 e 38 da Maratona Rock 'n' Roll de San Diego (EUA). Com um megafone, passa suas dicas aos atletas: "Relaxe o maxilar... Relaxe os ombros... Corra de cabeça erguida... Mais suave... Deixe fluir". Gontang encoraja os corredores a repetir essa lista para si mesmos. “Ajuda a relaxar e, assim, a correr mais facilidade”, afirma.

Use imagens
Jack Bowman, psicólogo do esporte que dirigiu por 12 anos a equipe de psicoterapeutas da Maratona de Long Island (EUA), garante que visualizar imagens pode ajudar a estabilizar o ritmo. A técnica favorita dele é imaginar que a parte inferior de seu corpo é um cavalo forte e musculoso sobre o qual a parte superior do corpo cavalga. “Ao se concentrar nessa imagem, você sente que não faz esforço para correr”, afirma. Outro truque recomendado por Bowman vem de Frank Shorter, medalha de ouro na maratona nos Jogos de Munique, em 1972: ele visualizava suas pernas como se fossem rodas de bicicleta deslizando suavemente pela rua.

Tenha metas realistas
Se o desempenho em uma prova fica abaixo do esperado, muitos atletas se mostram arrasados. Para evitar esse trauma, Kate Hays aconselha ter três objetivos: o primeiro é o objetivo "excelente" – que é o tempo que você obteria numa corrida após uma bela noite de sono, com as pernas descansadas e a ajuda do seu estômago e do clima. O segundo é o “bom”, com o qual você se contentaria. E o último é o "ok, eu posso conviver com isso", para aquelas corridas em que o calor está insuportável, ou o jantar da noite anterior está revirando seu estômago. Não revele aos outros seu primeiro objetivo. Se chegar lá, poderá se orgulhar. Senão, ninguém ficará sabendo.

Pense positivo
Bowman aconselha que os corredores armazenem boas memórias de corridas para usar mais tarde. "Lembre-se dos momentos de sucesso, talvez a primeira vez que você chegou ao topo de uma subida íngreme sem parar, e como isso o fez sentir-se poderoso", diz. "Invoque esses pensamentos sempre que precisar de ânimo." Kate cita o caso de um corredor que levava consigo cartões com mantras, piadas e recordações da família e dos amigos. "Quando você está lá, correndo, precisa ser sua própria torcida", afirma ela. "Qualquer energia positiva será uma bela ajuda para seguir até o fim."

A voz das ruas

Por Rodolfo Lucena
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0605201005.htm

Percorri as ruas de Santiago, no mês passado, em uma maratona que foi também uma demonstração de solidariedade ao povo chileno, em luta pela reconstrução depois do terremoto e do maremoto de fevereiro. Antes da largada, os mais de 20 mil participantes do evento formaram um gigantesco painel humano, desenhando no asfalto, com seus corpos, a bandeira do Chile.
Quando partimos, começou para mim outra descoberta: a das manifestações do público que acompanhava a corrida. Em qualquer prova, por menor que seja, sempre aparece alguém para dizer algo aos corredores, uma palavra de incentivo, uma brincadeira, uma ofensa, aquilo que dá vontade. Enfim, nem sempre a palavra do espectador casa com a vontade do que se esfalfa no asfalto.
Nas ruas de Santiago, gritavam para a gente: "Animo, animo!". Queriam dizer "Coragem, força!", mas eu tinha vontade de parar e falar para o sujeito que eu não estava desanimado, era só o meu jeitão mesmo.
São incentivos meio estranhos. Em Buenos Aires, grupos de meninas gritam a plenos pulmões: "Si, se puede!", meio à moda do slogan da campanha obamista ("Yes, we can"). Mais voltados ao mundo corporativo, os americanos aplaudem dizendo "Good job", e eu sempre tenho vontade de responder que aquilo é pura diversão, não trabalho. Na Grã-Bretanha, ouço um fleumático "Well done", que mais parece nota para um bom trabalho escolar do que grito de guerra de maratonista.
O pior de tudo, em qualquer idioma, é quando o sujeito grita "Falta pouco!", pois cada um de nossos músculos sabe, por longa experiência, que cada quilômetro é mais comprido e dolorido que o anterior. Se o entusiasta acrescenta um "Não para, não para!", então, o desejo é esgoelar o dito cujo.
É como se espectador e corredor falassem línguas diferentes. Quem vê, em geral, não sabe, não tem ideia do que o sujeito no asfalto está enfrentando; cabe a ele, ao corredor, portanto, compreender a voz do público.
Trata-se de mais uma faceta desse esporte: correr é um ato de generosidade. Em primeiro lugar, da pessoa consigo mesma, pois doa a si própria um pouco do tempo que tem e que é tão disputado pelas exigências da vida.
Ao mesmo tempo agora, igualmente em primeiro lugar, é a demonstração de generosidade da pessoa para o mundo, pois o corredor se entrega quando vai para as ruas. Transforma-se em atração, exemplo, objeto de piada ou de solidariedade -enfim, está exposto ao que der e vier, sem defesas.
Precisa, pois, ser capaz de ouvir e compreender a voz que vem das ruas. Aprender e crescer com ela, que é parceira da vida corrida.

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RODOLFO LUCENA , 53, é editor de Informática da Folha, ultramaratonista e autor de "Maratonando, Desafios e Descobertas nos Cinco Continentes" (ed. Record) e de "+Corrida" (Publifolha)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Treino intervalado: mexa-se na hora do descanso

Blog Chegada
Por Renato Dutra
http://veja.abril.com.br/blog/saude-chegada/

Corredores que fazem treino intervalado precisam ficar atentos a uma armadilha: ficar parado durante o intervalo de esforço, esperando se recuperar para o próximo estímulo.

O treino intervalado caracteriza-se por uma alternância de períodos de esforço empregando uma intensidade mais alta e outra mais baixa. Exemplo: três minutos em ritmo forte (90% a 100% freqüência cardíaca máxima), seguidos por dois minutos trotando leve (60% a 70% da freqüência cardíaca máxima). É uma estratégia de treinamento muito utilizada por corredores mais condicionados, pois permite realizar uma quantidade maior de estímulo em alta intensidade.

Em vez de correr apenas 7 ou 8 minutos em alta intensidade de forma contínua, o treino intervalado possibilita que o atleta duplique ou triplique este tempo, o que aumenta a força do estímulo para melhorar o condicionamento.

Mas ocorre que muita gente simplesmente para de se movimentar no intervalo de recuperação entre os períodos de alta intensidade. Isso não é bom. Manter um ritmo bem leve entre os intervalos mais intensos favorece a recuperação para o próximo período em alta intensidade. Além disso, os músculos em movimento são fundamentais para que o sangue se mantenha em circulação, fazendo-o retornar até o coração. Ficar parado atrapalha este processo, acarretando stress cardiovascular.

A orientação é: diminua o ritmo, mas não pare. Ande, se necessário, mas mantenha-se em movimento durante todo o intervalo de recuperação. Da mesma forma que o corpo leva um tempo para elevar a freqüência cardíaca e outras funções fisiológicas para ajustar-se ao aumento da intensidade, o inverso também é verdadeiro.

XII Corrida Jerônimo de Albuquerque - NATAL



A corrida será realizada no dia 12 de junho ( sábado), tendo um percurso de 8 km.
Inscrições: 03 a 21 de maio de 2010 no Nordestão Lagoa Nova e no 17º GAC.
Taxa : 2 kg de alimentos.
Saída da Cervejaria Via Continetal na Via Costeira, chegada no Forte.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Maratona - Treinos

Após 15 semanas de treino, terminei tal período com um débito de 388 km !!! E o pior é que este débito não pode ser pago. Atualmente, não tenho tanta confiança em completar bem a maratona.

A meta inicial de completar a maratona abaixo de quatros horas não existe mais. A meta passou a ser 4 horas e 20 minutos. Ainda tenho mais 12 semanas de treino. Caso consiga realizar os treinos propostos, vou encarar a maratona em julho. Porém, se continuar no ritmo das 15 semanas anteriores, vou remarcar a data da maratona.

Maratona : 13.ª, 14.ª e 15.ª semanas de treino

a) 08 km.
b) Tiro (400).
c) 12 km.
d) Fartlek.
e) 12 km - Não pude realizar.
f) Longo 18 km - Não pude realizar.
Quilometragem da 13.ª semana - 36 km

a) 8 km.
b) Tiro (400)- Não pude realizar.
c) 12 km - Não pude realizar.
d) Tiro (1000)- Não pude realizar.
e) 12 km - Não pude realizar.
f) Longo - 22 km (Corri a Meia de Fortaleza).
Quilometragem da 14.ª semana - 30 km

a) 10 km.
b) Tiro (400)- Não pude realizar.
c) 14 km - Não pude realizar.
d) Fartlek - Não pude realizar.
e) 12 km.
f) Longo 18 km - Não pude realizar.
Quilometragem da 15.ª semana - 22 km

segunda-feira, 3 de maio de 2010

II Corrida Noturna do SESI ( 5 e 10 km)


http://www.rn.sesi.org.br/corridanoturna/index.php

O Serviço Social da Indústria realizará no dia 26 de junho (sábado), com início às 19 horas, a II Corrida Noturna do SESI, com percurso de 10 e 5 quilômetros.

As inscrições serão realizadas entre 24/05 e 11/06.
Informações : 084 3220-0441 e www.rn.sesi.org.br/corridanoturna

Fotos - Corrida do SESC




“O HOMEM É FEITO DE TAL MODO QUE QUANDO ALGUMA COISA INCEDEIA SUA ALMA, AS IMPOSSIBILIDADES DESAPARECEM” LA FONTAINE

A AMIZADE... A DICIPLINA... A MOTIVAÇÃO DA EQUIPE... A DETERMINAÇÃO NOS TREINOS... A FADIGA... A DOR... A TÉCNICA... TUDO ISSO POSSIBILITA UMA NOVA EXPERIÊNCIA NAS NOSSAS VIDAS. CORRER É MAIS DO QUE MÚSCULOS EM AÇÃO, CORRER É PRAZER, É SUPERAÇÃO, É CONQUISTA, SÃO VITÓRIAS.

PARABÉNS A TODOS OS ATLETAS NATAL RUNNER EM ESPECIAL AOS QUE PARTICIPARAM DA PROVA DO SESC NO DIA 1º DE MAIO!

Walter Molina

Resultado da Corrida do Comerciário 2010 - www.natalcrono.com