sábado, 28 de novembro de 2009

Monitores de frequência cardíaca


http://sentirbem.uol.com.br/index.php?modulo=artigos&id=63&tipo=3

Todo mundo que pratica exercícios físicos, de caminhadas à aulas de bike TEM que medir e conhecer seu batimento cardíaco ideal para sua atividade física. É IMPRESCINDÍVEL! Senão pode se estar se esforçando demais, ou de menos!

Para que o organismo consiga mobilizar gorduras e ultilizá-las como fonte de energia no exercício é necessário que o seu metabolismo esteja "equilibrado". Para isto nada melhor – e mais preciso - do que acompanhar seu batimento cardíaco por um monitor.

A cada variação brusca de F.C. o organismo é obrigado a adaptar o consumo de energia deixando a utilização de gorduras "de lado" até que o organismo volte ao equilíbrio metabólico.

Durante o exercício em ritmo estável, segundo KATCH and McARDLE, 1992, o oxigênio suficiente é fornecido para e utilizado pelos músculos ativos. Se isto estiver ocorrendo, um indicador, que é o ácido láctico, e que promove a fadiga, não ultrapassa os valores de repouso. Porém, se o metabolismo estiver em desequilíbrio, você estiver ofegante e a fadiga aparecer, a concentração deste ácido subirá e você terá que interromper sua atividade.

A intensidade de treinamento entre 60% a 75% da F.C. máxima permite um equilíbrio metabólico mais rápido e, por isso, é a mais indicada para queima de gorduras. Se você estiver bem condicionado, poderá estabilizar sua F.C. em intensidades mais altas e ainda assim estará usando o metabolismo de gorduras.

Quando estamos usando um monitor cardíaco, e trabalhamos dentro de uma faixa ideal individual, o risco de acumularmos o ácido láctico é bastante reduzido, pois temos em nosso organismo o bicarbonato de sódio que - em condições estáveis - neutraliza-o e, o gás carbônico produzido pelo exercício, é liberado, retardando a fadiga.

Um teste muito preciso usado em laboratórios, por se tratar de um teste caro e trabalhoso, é o teste do limiar anaeróbio (o LA). Este tem sua indicação específica, e vale lembrar que não é necessário para um praticante de atividade física em academias, clubes, parques, etc,q eu não visa alta performance.

Uma maneira de você estimar o LA, é fazer um teste ergométrico em bicicleta ou esteira, medindo a freqüência cardíaca com um monitor cardíaco, num protocolo específico. A partir da sua Avaliação Física, será determinado sua Zona Alvo de Treinamento (ZAT), ou seja, uma faixa de batimentos cardíacos que você deve manter durante o exercício, para trabalhar de maneira segura e atingir seu objetivos.

Portanto, tenha em mente que, o importante é que o metabolismo esteja estabilizado e, para ter certeza disto, use um monitor de freqüência cardíaca, tenha os seu valores ideais de batimentos cardíacos a serem trabalhados e preste atenção à respiração: se depois de 5 a 10 minutos de atividade sua respiração estiver ofegante ou difícil, isso significa que o metabolismo não está estabilizado e você está queimando poucas gorduras.

Um treinamento aeróbico eficaz para perda de gorduras e/ou melhora do condicionamento cardiovascular é aquele realizado em períodos longos (por mais de 30 minutos) e com a respiração aumentada e confortável durante toda a atividade.

Exercícios realizados com F.C. acima de 85% da máxima possuem intensidade que dificilmente permitem ao organismo criar um equilíbrio metabólico: você pode constatar isto através da sua respiração que provavelmente ficará ofegante. Mas tome cuidando também para não estar treinando muito abaixo do que devia, ou seja com frequência cardíacas muito baixas, o que consideramos quase repouso.

Atividades com mudanças bruscas de intensidade podem e devem ser realizadas contando que o objetivo do praticante seja a melhora do condicionamento anaeróbico e potência muscular. A energia gasta nestas atividades não é proveniente do metabolismo das gorduras.

Não arrisque sua saúde, faça uma Avaliação e Orientação Física e MEÇA SEUS BATIMENTOS durante seus exercícios, trabalhando dentro da SUA Zona Alvo de Treinamento!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Depoimento - Meia Maratona de Natal

Em fins de dezembro de 2008 fiz minha primeira corrida de rua, a corrida natalina. Naquele tempo, 11 meses atrás, eu me perguntava se conseguiria terminar uma corrida de 10Km...

Nestas últimas semanas me vi me perguntando se seria capaz de concluir os 21Km de uma meia maratona. Meu horizonte pessoal dobrou de profundidade em menos de um ano.

O que aconteceu entre dezembro de 2008 e novembro de 2009 foi que eu continuei correndo. Participei de meia dúzia de outras corridas, de distâncias diversas. Ganhei mais auto-confiança. Mas uma meia maratona não é apenas mais uma corrida. Seria a corrida mais longa de
minha curta carreira de corredor de rua.

Minha estratégia foi experimentar aumentar em 10 minutos a cada semana o tempo do meu treino de longa distância, que passei a fazer nos finais de semana. Queria sentir o meu limite. Um destes finais de semana coincidiu com os 10Km da corrida Bompreço. Naquela altura
corri os 10Km e depos de cruzar a linha de chegada voltei para a pista, aproveitando a interdição da via Costeira para mais meia hora correndo. Ao cruzar a linha de chegada pela segunda vez fui
surpreendido por palmas e gritos de incentivo enquanto o locutor saudava o "corredor que chegou em último lugar mas que não desistiu". Demorei alguns minutos até entender que se referiam a mim por não terem percebido que eu já tinha terminado a prova meia hora antes... :-)
Faltando 3 semanas para a meia maratona eu tinha conseguido completar 18Km em 2:14h. Foi só a partir daí que comecei a acreditar ser para mim possível terminar uma meia. Mas, naquele ritmo, precisaria de perto de 3h para isto.

No domingo seguinte fiz os mesmos 18Km em 2:05h. E já comecei a cogitar de tentar fazer os 21Km em 2,5h. Curioso como a gente passa a acreditar mais em si mesmo com coisas tão pequenas quanto 9 minutos a menos.

No fim de semana anterior ao da meia maratona tivemos a corrida noturna do SESI. Comecei tendo como alvo concluir seus 10Km ao longo de toda a Prudente de Morais em menos de 1h. Não sei se foi o percurso, mais cheio de subidas e descidas, ou se foi a intranquilidade da falta de controle da organização sobre o trânsito de veículos, o fato foi que levei os mesmos 64 minutos que levei para fazer os 10Km da corrida natalina do ano passado.

E foi assim que cheguei à semana da meia maratona. Durante a semana fiz treinos curtos, de 5Km, um deles na orla do Cabo Branco, em João Pessoa, onde estive a trabalho. A avenida litorânea tem seu trânsito interditado a veículos motorizados entre 6h e 8h da manhã
diariamente. Uma ótima pista de treino no horário menos quente do dia. Isto foi na quarta-feira. Quinta, sexta e sábado apenas caminhei, procurando me guardar para o desafio do domingo.

Dormi mais cedo no sabado, acordei 5h de domingo, com o nascer do sol. Café da manhã normal, para não ficar "empanturrado". Pouco depois das 6:30h eu chegava ao estacionamento e, como aquecimento, procurei caminhar mais energicamente os quase 1Km até a concentração
para a largada.

Com quase 20 minutos de atraso foi dada a largada e eu ainda precisei de mais uns 2 minutos até conseguir pisar no tapete do controle eletrônico. Como disse um amigo ao meu lado "a meia maratona começou com uma meia caminhada". O bloco compacto de mil pessoas só começou a se descompactar a partir dos primeiros 100 metros após a largada. A pressa de sair do "bolo" me fez correr o primeiro quilômetro em menos de 6 minutos, velocidade superior à que eu sabia que suportaria manter. Já o segundo quilômetro eu caí para 6 minutos e do terceiro para frente mantive em 6,5 minutos por quilômetro até a virada da Costeira, antes do Sehrs. Estes 10,5 Km eu segui com fôlego, freqüência cardíaca em torno dos 80% da máxima e força nas pernas.

Mas a partir do Km 14 meu ritmo foi caindo. Não providenciei reposição de carboidrato, por pura falta de experiência com corridas longas. Eu sentia que tinha fôlego e que os batimentos cardíacos continuavam em 80% da FCM, mas as pernas não impulsionavam mais como antes. O terço final da corrida foi uma luta interna pessoal: o corpo dizia "pare" e minha mente precisava continuar focada no objetivo de concluir. A meta de 2,5h parecia estar ameaçada. Cada quilômetro
passou a ser a partir dali uma nova conquista. O cronômetro me dizia que a meta continuava atingível, mas as pernas... Meu ritmo, que já não era dos mais rápidos virou um trote de quase 8 min/Km. Cruzei a marca dos 20Km com pouco mais de 8min para completar 2:30h. E ainda
tinha o pequeno aclive do viaduto antes da chegada. Ali decidi que não ia entregar meu alvo por tão pouco: era possível atingir o alvo -- e eu estava determinado a atingir.

O chip marcou meu tempo líquido de corrida, entre pisar no tapete na largada e voltar a pisá-lo na chegada. Está lá na página de cronometragem da chiptiming: 02:30:42. A página mostra também que apenas 42 dos 398 corredores do sexo masculino levaram mais tempo do
que eu para correr a meia.

Mas alguém aí ainda duvida que todos nós vencemos esta corrida?

Wilson Azevedo, 49 anos de idade, 11 meses de corrida de rua.

Depoimento - Meia Maratona de Natal

Deu tudo certo!

A ansiedade tava grande mal consegui dormir na noite anterior. De manhã tive dificuldade pra me alimentar, mas consegui comer duas bananas, 1 litro da maltodextrina e um gel antes de sair de casa. Tinha deixado tudo pronto na noite anterior, enfim estava na iminência de cumprir 21.097 metros e 50 centímetros!

No local de largada, pura emoção, tinha muitos corredores... certamente mais de mil. O percurso era bastante conhecido por mim, já tinha treinado por aquele trajeto, mas nunca aquele trajeto, jamais tinha corrido a distância da meia, mesmo assim meus treinos deram-me confiança pra crer que podia cumpri-la bem.

O dia estava nublado, ameaçava uma chuva, mas a temperatura estava alta. Com 20 minutos de atraso foi dada a largada, significando que eu ficaria submetido a um sol mais forte. Tentei me manter concentrado no ritmo, não podia me empolgar no início e comprometer a corrida. Com 2,5k o primeiro posto hidratação e só tinha água quente. Foram 8 postos de hidratação ao longo da corrida e só consegui água fria em dois. O pessoal da organização que ficou nos postos pareceu que não tinham sido instruídos para a função, pois havia isopor com gelo, porém eles deixavam muitos copos em cima da mesa esquentando. Também não teve as esponjas prometidas para que os corredores se refrescassem. Quando eu estava com 6,5k os primeiros lugares passaram por mim no sentido oposto (eles deviam está com 14,5k). Fui procurando manter o mesmo ritmo de 6’30. Quando atingi a metade da prova os 10,55k no local do retorno meu relógio marcava 1h09min30s como minha expectativa era fazer em 2h20 estava tudo nos conformes.

O céu foi abrindo e o tempo já não estava mais nublado, mais sim muito ensolarado e muito quente. Depois dos 15k tinha muita gente andando, aos poucos fui passando vários corredores, lembrei do meu sofrimento durante os treinos longos no mesmo horário da prova e o quanto sofri para me adaptar a correr naquele calor. Quando cheguei no 18k fiquei na dúvida se tentava aumentar o ritmo ou só mantinha, embora tivesse me sentindo bem o sol tava muito forte, sentia minha pele queimando, ou seja, literalmente sentia na pele os 20 minutos de atraso, então resolvi só manter o ritmo mesmo. No 20k só pensava em acabar a prova e comemorar, uma subidinha leve no final, passei mais alguns corredores.

Conclui feliz da vida a prova em 2h19. Fiz a segunda metade da prova no mesmo tempo. Estava inteiro, apenas os joelhos doloridos, menos do que em tinha ficado em alguns treinos longos. Sem dúvida foi uma experiência incrível, estou na expectativa das próximas.

Raniere Luna e Silva, corredor de rua e acadêmico de medicina.

Corrida da Academia FLEX

5km

28/nov/2009 (sábado), 16:00 hs

Inscrições até dia 25, na Academia (das 5 as 22hs)

R$ 10,00 + 1 quilo de alimento não perecível

domingo, 22 de novembro de 2009

Meia Maratona de Natal


No sábado assisti uma entrevista do Marilson (maratonista) no “Juca Entrevista” (ESPN) em que ele afirmava que as provas longas exigem uma preparação física e mental. Na meia senti a falta das duas.

Não tinha realizado um bom cronograma de treinos como ocorreu em João Pessoa, mas esperava completar a prova em menos de duas horas (correr em 5´30´´ os primeiros 10 km e em 5´ os restantes).

A prova (só pra variar) atrasou uns vinte minutos. Um desrespeito com quem chega na hora esperando que o horário seja cumprido.

Comecei no ritmo lento (5`30``) e já nos primeiros metros senti que o café da manhã não tinha sido o ideal. O corpo pedia para diminuir o ritmo até que digestão fosse realizada, mas não obedeci este aviso.

No 4 km apareceu uma bolha no pé (o tênis e a meia eram os mesmos dos treinos) que começou a incomodar, para tentar aliviar a dor, comecei a pisar diferente para retirar a pressão da pisada da parte que a bolha estava formada. Aliviou um pouco, mas senti as conseqüências no 8 km, pois o jeito diferente de pisar produziu uma dor na coxa que foi aumentando com o passar dos quilômetros.

Para piorar, esqueci de colocar a proteção no peito e a fricção com a camisa começou a incomodar bastante. E é bem difícil, correr com tal incômodo.

No 10 km, com todas as dores, a mente pedia para parar, o corpo estava dolorido, resolvi esquecer o cronômetro e apenas completar os 11 km restantes.

Os últimos 11 km foram difíceis de correr, as dores foram se intensificando, mas consegui completar em 2 horas e 4 minutos. Um tempo não esperado, mas o objetivo foi cumprido.

http://www.chiptiming.com.br/v3/resultado_view.php?pCodEvento=942

WENDELL 01:37:05
EDMILSON 1:38:34
FLAVIO 01:45:10
CLAYTON 01:47:46
FRANCIMAR 01:47:57
NIVALDO 01:53:09
CLAUDIO 01:56:19
EMANUEL 02:04:35
ERICO 02:12:17
ASSIS 02:18:53
RANIERE 02:19:06
VECIO 02:30:54
WILSON 02:30:42
OTHON 02:40:26

MARCILHO 00:25:46
GUSTAVO 00:26:56
SÉRGIO 00:32:48
VINICIUS 00:34:01
ALESSANDRO 00:35:12
TATIANA 00:35:14
ANA 00:39:40
BARBARA 00:42:44

sábado, 21 de novembro de 2009

Por que o suor é importante?

http://sentirbem.uol.com.br/index.php?modulo=artigos&id=603&tipo=3

A produção de suor pelo organismo chama-se sudorese. O suor é um mecanismo utilizado pelo corpo para manter em equilíbrio a temperatura corporal, interna e externa, adequada para o funcionamento normal do metabolismo. O cérebro, assim que o corpo está com excesso de atividade, ou com metabolismo aumentado, como é ao correr, por exemplo, envia sinais para as glândulas sudoríparas entrarem em atividade. As glândulas sudoríparas são as que secretam suor, e que se encontram em toda a pele do corpo, existindo numa média de 2 a 3 milhões no corpo.

A sudorese baixa a temperatura corporal, e o suor evapora da pele, o calor também é removido, e o resfriamento do ar que circula no ambiente. Uma atividade física que causa a contração muscular não só gera movimento, mas, também o calor, que causa a sudorese, que pode ser maior ou menor em cada pessoa ou em cada atleta. Além desse fator individual, a sudorese depende da temperatura e umidade do ar, proporcional ao local geográfico, e, esses dois fatores combinados aumentam muito a sudorese. Quanto mais úmido o local, maior a dificuldade para o suor evaporar, dificultando o trabalho de queda da temperatura da pele. Quanto menos sudorese, menor a desidratação e maior a capacidade de desempenho do atleta. Pode-se afirmar que a quantidade de suor produzida na atividade muscular, esportiva ou não, tem um componente genético, pois, algumas pessoas suam mais que outras, nas mesmas condições de temperatura e umidade do ar.

Quanto melhor o condicionamento físico do atleta ou da pessoa, mais suor é produzido, pois o corpo se torna mais eficiente para manter a temperatura adequada.

O homem sua mais que a mulher, embora tenha menor quantidade de glândulas sudoríparas. Outro fator é a roupa usada, ou seja, quanto mais leve, tecido mais poroso (algodão é ruim), melhor, isto é aqueles que são os tecidos próprios para facilitar a evaporação do suor contido na roupa. Deve-se reduzir a sudorese, pois causa desidratação que determina redução na performance, principalmente em atividades de alta intensidade.

domingo, 15 de novembro de 2009

Não consegue treinar? Talvez falte um objetivo

Por Renato Dutra
http://veja.abril.com.br/blog/saude-chegada/

“Não consigo fazer meu treino! Estou sem tempo…” Entendo que temos cada vez mais tarefas a cumprir em nosso dia a dia, mas também percebo que sempre que um corredor se inscreve para uma prova ele acaba cumprindo com boa parte dos seus treinamentos - quando não os cumpre totalmente.

Quando o corredor não tem um objetivo definido, algo concreto, é certo que sua disciplina fraqueja.

Por exemplo, havia mais de 43.000 pessoas na 40ª edição da Maratona de Nova York, dia 1º de novembro. Foi o maior número de corredores que a prova já recebeu. O que será que tanta gente tem em comum? Um objetivo, algo que as faça se sentir desafiadas, que desperte a motivação.

Seja sua primeira prova de 5 quilômetros ou a sua décima maratona, o importante é lembrar que está inscrito: o seu desafio tem local, hora e dia marcado.

sábado, 7 de novembro de 2009

Nutrição e Hidratação na prática da corrida de rua


http://www.corpore.com.br/cws_exibeconteudogeral_1998.asp

Nutrição e Hidratação na prática da corrida de rua- Entrevista com a Prof. e Dr. Sandra Maria Lima Ribeiro

A corrida é uma das práticas esportivas mais desgastantes e que mais exigem cuidados com alimentação e hidratação, os danos que o excesso de perda de peso durante essas provas pode trazer para o atleta vão além das câimbras e dores musculares.

Sempre pensando na saúde dos corredores, a Corpore conversou com a nutricionista, profª e Dra. Sandra Maria Lima Ribeira que nos deu algumas dicas de alimentação e nutrição. Confira a entrevista!

Corpore: Quais os danos que a nutrição inadequada pode causar ao corredor?

Sandra: Para facilitar podemos fazer uma analogia do nosso corpo com um veículo que utilizamos para nos movimentar. Dentro dessa analogia, pensando na corrida ou a prática de qualquer outra atividade, são necessários dois cuidados importantes: o combustível e a manutenção das peças do veículo. No nosso corpo os nutrientes exercem essas duas funções. Além de servirem como combustíveis para a prova, são
necessários para os processos de construção e reparação dos tecidos e células. Carboidratos, lipídeos e proteínas são os nutrientes energéticos, ou seja, os combustíveis. Esses nutrientes energéticos somados às vitaminas e minerais entram também na construção do nosso corpo. O maior exemplo nesse sentido seria a nossa massa muscular que depende das proteínas para manter sua integridade.

Assim é importante ressaltar que uma alimentação diária deve conter todos os nutrientes para o perfeito funcionamento do organismo. O meio mais comum de se obter uma alimentação próxima a ideal é a utilização dos chamados Guias Alimentares.

Corpore: Quais seriam os alimentos ideais para a ingestão pré-treino? E no dia anterior a prova? Esses alimentos podem ser ingeridos nos dias de prova também?

Sandra: Podemos dividir o momento pré-treino em dois: o dia anterior a um treino (principalmente treinos longos e que exigem maior esforço) e o momento que constitui algumas horas antes do treino.

Pensando no momento constituído por horas antes do treino (e nos referindo ao individuo que já cuida de sua alimentação diária), o momento pré-treino é justamente aquele em que se vai “encher o tanque do carro”. Assim os alimentos ricos em carboidratos são a melhor opção. Mas deve-se tomar alguns cuidados:

- Uma refeição a base de frutas, sucos, pães e biscoitos pode ser considerada uma boa fonte de carboidratos. Recomenda-se a ingestão desses alimentos em um período entre 2-3 horas pré-treino.

- Deve-se avaliar a capacidade individual de tolerar alimentos sólidos nesses momentos. Muitas pessoas sentem-se mal após a ingestão de alimentos sólidos. Nesse caso, as soluções de carboidratos são ideais. Soluções em torno de 4-8% de carboidratos são capazes de cumprir duas funções básicas: hidratar e fornecer carboidratos lentamente. As soluções comercialmente disponíveis (bebidas esportivas) ou o preparo com pó de maltodextrina podem ser uma boa opção.

-Durante a prova, principalmente em provas longas, o fornecimento de carboidratos também é importante. Por isso, deve-se manter a ingestão das soluções entre 4-8% de carboidratos. Por exemplo, o Gatorade tem em média 6% de carboidratos em solução. A partir desse cálculo, deve-se preconizar o fornecimento de 60g de carboidratos por hora (ou 1g por minuto).

-No dia anterior ao treino, principalmente, se for a véspera de um treino longo, é recomendável que se consiga fornecer uma média de 9g de carboidratos por Kg de peso corporal. O check-list abaixo pode ser um bom instrumento para monitorar a ingestão de carboidratos pré-treinos (dia anterior). A idéia desse instrumento é permitir que se compreendam quais são os alimentos capazes de fornecer um maior volume de carboidratos, de forma a melhorar a ingestão desse nutriente.

Corpore: Quais os alimentos ideais para a ingestão pós-treino?

Sandra: Após o treino, a palavra-chave é RECUPERAÇÃO. Na primeira hora após um treino ou uma prova, o músculo precisa, com urgência, recuperar suas reservas de glicogênio (que é a reserva de energia). Assim, para que essa recuperação seja eficiente deve-se ingerir carboidratos de alto índice glicêmico (os carboidratos doces ou açúcares). Soluções de carboidratos são uma boa opção, pois além de fornecer carboidrato ajuda na hidratação. Nesse momento a concentração da solução pode ser maior, entre 10-15%. A ingestão de barrinhas do tipo Power Bar ou outro gel de carboidratos também pode ser uma opção adequada.
Após esses primeiros cuidados, outra recuperação importante está relacionada às proteínas corporais. Alimentos protéicos (barras, iogurte, queijo etc.) são importantes nesse período. Algumas pessoas perguntam se após a prova seria possível ingerir alimentos ricos em proteínas e carboidratos, sem essa diferenciação de horários. A resposta é SIM. Na verdade o ideal seria que, imediatamente, após a prova ou treino, se realizasse uma refeição completa (com carboidratos, proteínas, lipídeos, vitaminas e minerais). Porém, isso nem sempre é possível. Por isso, os suplementos, os alimentos formulados para atletas e as bebidas esportivas são um ótimo auxílio.

Corpore: Quais os cuidados que o atleta deve tomar com a hidratação?

Sandra: O objetivo principal da reposição hídrica é restabelecer o volume sanguíneo para que o controle da temperatura possa ser normalizado. Geralmente, perde-se 1L de liquido por hora de corrida. A ingestão hídrica é capaz de:
- Retardar o desenvolvimento da desidratação;
- Evitar o aumento da taxa de batimentos cardíacos;
- Aumentar o retorno venoso/débito cardíaco;
- Proporcionar o aumento do fluxo sanguíneo cutâneo;
- Manter a temperatura corporal;
- Retardar o aparecimento da fadiga.

A bebida ideal é aquela que proporciona uma ótima reidratação, com diminuição na formação e eliminação de urina. Algumas dicas:
- Não restringir sal na dieta. O sal é importante para manter a água do organismo (pela presença de sódio).

Recomendação: 400-600mL antes do evento. O que não é suficiente para não ingerir líquidos durante a prova.

Durante o treino/corrida, não se basear pela sede. Ingerir líquidos na faixa de 150-250mL a cada 15-20 min., de preferência resfriado para melhorar a temperatura corporal e aumentar a palatabilidade.

Na teoria, em provas de até uma hora, não é necessário ingerir outros líquidos além da água. Entretanto, as bebidas esportivas, pela adição do sódio, aumentam a “vontade de beber”, e por isso podem ser ingeridas em qualquer tempo de treino.
A grande importância das bebidas esportivas está nas provas com tempo superior a uma hora. Estudos demonstram que em provas muito longas, podem ocorrer um fenômeno chamado “hiponatremia”. Por isso, é importante que se ingira soluções contendo sódio.
Uma maneira de estimar quanto se deve ingerir de líquido é monitorar a perda de peso (perda ponderal). A ingestão de líquidos deve ser igual ou superior ao peso que se perde em uma prova. Lembro que a perda imediata de peso após um treino ou competição consiste basicamente em água corporal.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Inscrições - São Silvestre (SP) 2009


http://www.saosilvestre.com.br/2009/

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

I MINI MARATONA DE MONTE ALEGRE



15 de novembro de 2009

Largada: 15h30min

Inscrições: 1º a 13 de novembro

Informações : 9950-8198

1. A PROVA

a. A prova pedestre I MINI MARATONA 15 DE NOVEMBRO, doravante denominada EVENTO, será realizada no dia 15 de novembro 2009, na cidade de Monte Alegre/RN, na distância de 10 (dez) km, com a participação de pessoas de ambos os sexos devidamente inscritas, denominadas PARTICIPANTES.

Percurso - Meia Maratona de Natal